Brasília – O Banco Central (BC) realizará, na próxima segunda-feira (15), um leilão de até US$ 3 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra. A medida busca conter a valorização do dólar, que tem pressionado a economia brasileira.
De acordo com comunicado oficial emitido na última sexta-feira (13), a operação de recompra está programada para ser concluída em 6 de março de 2025. Esta é a terceira intervenção consecutiva da autoridade monetária para reduzir a volatilidade do câmbio.
Intervenções sucessivas no câmbio
Na quinta-feira (12), o BC já havia leiloado US$ 4 bilhões das reservas internacionais. O leilão ocorreu na modalidade de linha, que prevê a recomposição dos valores em uma data futura.
Na sexta-feira (13), a autoridade monetária interveio novamente, mas optou pela modalidade à vista. Nesse tipo de operação, os valores vendidos não retornam diretamente às reservas. Foram negociados US$ 845 milhões, o que ajudou a desacelerar a cotação do dólar, que chegou a R$ 6,07 no início da tarde, mas encerrou o dia a R$ 6,03.
Apesar das ações, o dólar fechou a semana em alta de 0,43%, mantendo a pressão sobre o mercado financeiro.
Estratégia para estabilizar o mercado
Os leilões de linha têm sido uma ferramenta recorrente do Banco Central para lidar com a valorização da moeda americana. Essa modalidade permite que os recursos retornem às reservas internacionais em uma data futura, garantindo maior flexibilidade à gestão das reservas cambiais.
- Leilão de segunda-feira (15): até US$ 3 bilhões;
- Data de recompra: 6 de março de 2025;
- Objetivo: reduzir a volatilidade cambial e estabilizar o dólar.
Impactos no mercado financeiro
Especialistas apontam que as intervenções frequentes refletem a preocupação do Banco Central com os impactos do câmbio sobre a inflação e os custos de importação. Além disso, a escalada do dólar pressiona os preços de produtos e insumos essenciais, gerando desafios para a política monetária do país.
Entenda as intervenções do Banco Central no câmbio
- O que são leilões de linha? Operações que vendem reservas com compromisso de recompra futura.
- Por que o BC intervém? Para reduzir a volatilidade do dólar e conter pressões inflacionárias.
- Quando ocorre a recompra? No caso do leilão de segunda-feira, em março de 2025.
- Qual a diferença da modalidade à vista? O BC vende dólares sem recomprá-los diretamente, como ocorreu na sexta-feira.
- Impacto no dólar: As intervenções recentes conseguiram desacelerar a alta da moeda.