Brasília – O Brasil registrou um recorde histórico nas exportações de carne bovina em fevereiro de 2025, embarcando 219 mil toneladas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O volume é o maior já registrado para o mês desde 1997, com um faturamento de US$ 1 bilhão, incluindo carne in natura e processada.
O aumento representa um crescimento de 7,5% em volume e 16,5% em receita em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado pela valorização do dólar, tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.
China e EUA lideram compras de carne brasileira
A China e os Estados Unidos seguiram como principais compradores, respondendo por mais da metade das exportações. A carne in natura representou 87% do volume total embarcado.
O preço da tonelada exportada para a China subiu 8,5%, passando de US$ 4.440 em 2024 para US$ 4.819 em fevereiro deste ano. A alta favorece o setor pecuário, que tem no mercado chinês um de seus principais destinos.
Expansão de mercados impulsiona setor
O presidente da Abiec, Roberto Perosa, destacou que o Brasil tem ampliado sua presença em mercados internacionais. “Temos diversificado os destinos de exportação, o que tem impulsionado os volumes embarcados”, afirmou.
O governo também tem investido na ampliação de mercados na Ásia. Durante sua recente viagem ao Japão e ao Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu a facilitação da entrada da carne brasileira nesses países. O Japão confirmou que iniciará um processo para aumentar as importações, com inspeções sanitárias programadas para os próximos meses.
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Entenda o recorde das exportações brasileiras de carne
- Maior volume desde 1997: Foram exportadas 219 mil toneladas em fevereiro de 2025.
- Alta no faturamento: Receita atingiu US$ 1 bilhão, crescimento de 16,5%.
- China e EUA na liderança: Compraram mais da metade das exportações brasileiras.
- Valorizacão da carne: Preço da tonelada para a China subiu 8,5%.
- Expansão na Ásia: Governo negocia novos mercados no Japão e Vietnã.