Washington – O dólar comercial fechou em alta nesta terça-feira (15), atingindo R$ 5,657, o maior valor registrado desde o início de agosto. A moeda norte-americana teve uma elevação de 1,33% durante o dia, impactada pelas tensões eleitorais nos Estados Unidos e pela queda no preço do petróleo. Enquanto isso, o índice Ibovespa, da B3, resistiu às pressões externas e encerrou o dia praticamente estável, com alta de 0,03%, aos 131.043 pontos.
O dólar começou o dia estável, mas disparou após a abertura dos mercados nos EUA, atingindo seu pico por volta das 14h. A divisa acumula uma alta de 3,85% em outubro e um aumento de 16,57% no acumulado de 2024.
Impactos no mercado de ações
O dia foi marcado pela volatilidade no mercado de ações, com empresas ligadas ao consumo interno e bancos compensando as perdas das petroleiras e mineradoras. A queda nos preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, influenciou as ações dessas empresas. O barril do petróleo tipo Brent caiu 1,7%, fechando a US$ 74,52, o que afetou diretamente as petroleiras brasileiras.
A queda no preço do minério de ferro, essencial para as exportações brasileiras, também foi impulsionada pela desaceleração da economia chinesa, principal compradora do produto. Isso contribuiu para a instabilidade do mercado de ações, que operou em baixa durante grande parte do dia, mas se recuperou no fim da sessão.
Fatores externos
Dois fatores principais explicam o comportamento do dólar nos países emergentes nesta terça-feira. Primeiro, a queda no preço do petróleo, após o governo de Israel afirmar que não pretende atacar a infraestrutura petrolífera do Irã, trouxe incertezas aos mercados de commodities. Embora a redução do preço do petróleo possa beneficiar os consumidores, ela pressiona grandes produtores como o Brasil.
O segundo fator relevante foi o cenário político dos Estados Unidos. Em uma entrevista recente, o ex-presidente Donald Trump defendeu um aumento nas tarifas para produtos estrangeiros, caso seja eleito novamente para a Casa Branca. Essa postura protecionista traz preocupação sobre uma possível retração no comércio global, o que afetaria diretamente as exportações brasileiras para o mercado norte-americano.
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Perguntas frequentes sobre o aumento do dólar
Por que o dólar subiu tanto?
O aumento do dólar foi influenciado pela queda no preço do petróleo e pelas tensões eleitorais nos Estados Unidos, que trouxeram incertezas ao mercado global.
Como o preço do petróleo afeta a economia brasileira?
A queda no preço do petróleo prejudica grandes produtores como o Brasil, impactando diretamente as ações de empresas do setor e as exportações.
Qual o impacto das tensões eleitorais nos EUA no Brasil?
A possibilidade de um aumento no protecionismo americano, caso Donald Trump seja eleito, pode reduzir as exportações brasileiras para os Estados Unidos, trazendo mais incertezas ao comércio global.