Washington – O mercado cambial registrou alívio nesta quarta-feira (22), impulsionado pela moderação nas tarifas comerciais anunciadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dólar comercial recuou 1,4%, encerrando o dia a R$ 5,946, o menor valor desde novembro. Em contraste, o índice Ibovespa caiu 0,3%, refletindo volatilidade nas ações de mineradoras.
O dólar iniciou o dia em queda e chegou a operar abaixo de R$ 6 ainda pela manhã, atingindo R$ 5,91 na mínima do dia. Já o Ibovespa, após três altas consecutivas, consolidou baixa no fechamento, terminando aos 122.972 pontos.
Tarifas comerciais e mercado cambial
Trump anunciou sobretaxas de 10% para produtos chineses e 25% para itens do México e Canadá, válidas a partir de 1º de fevereiro. A ausência de medidas diretas contra a América Latina aliviou mercados emergentes.
As tarifas menores do que o esperado reduziram preocupações sobre a inflação nos Estados Unidos. Isso impacta decisões do Federal Reserve (Fed), diminuindo a probabilidade de aumentos de juros em 2025.
Impacto nos mercados emergentes
Juros menos elevados em economias avançadas beneficiam países como o Brasil. Taxas altas no mercado interno continuam atraindo capital estrangeiro, o que reduz pressões sobre o câmbio e favorece a estabilidade monetária.
Ibovespa: queda após altas
A bolsa brasileira apresentou volatilidade ao longo do dia, influenciada principalmente por ações do setor de mineração. Apesar do recuo de 0,3%, analistas destacam o desempenho positivo do índice em janeiro.
Entenda o contexto: dólar e bolsas sob influência de Trump
- Tarifas comerciais: Taxas sobre produtos da China, México e Canadá.
- Dólar no Brasil: Menor valor desde novembro, com queda de 3,79% em 2025.
- Ibovespa: Desvalorização após sequência de altas.
- Federal Reserve: Expectativa de manutenção dos juros norte-americanos.