Nova York – O dólar abriu em forte alta nesta segunda-feira (5), enquanto cresce o receio de que uma recessão econômica nos Estados Unidos possa estar próxima. Na última sexta-feira (2), novos dados de emprego no país mostraram que a maior economia do mundo dá sinais de desaceleração.
Resumo da Notícia
- O que aconteceu: Dólar subiu e bolsas caíram devido ao temor de recessão nos EUA.
- O que vai acontecer: Mercados aguardam novos indicadores econômicos e possíveis cortes de juros pelo Fed em setembro.
Alta do Dólar
Na manhã desta segunda-feira, o dólar subia 1,66%, cotado a R$ 5,8036. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8641. Na última sexta-feira, a moeda estadunidense teve queda de 0,45%, cotada em R$ 5,7091. Com o resultado, o dólar acumulou:
- Alta de 0,91% na semana;
- Ganho de 0,97% no mês;
- Alta de 17,65% no ano.
Queda do Ibovespa
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, começou a operar às 10h. Na véspera, o índice fechou em queda de 1,21%, aos 125.854 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
- Queda de 1,32% na semana;
- Recuo de 1,44% no mês;
- Perdas de 6,24% no ano.
Motivos da Instabilidade no Mercado
Os mercados continuam repercutindo informações da semana passada, enquanto aguardam a divulgação de novos indicadores econômicos dos Estados Unidos. Na sexta-feira, o payroll com 97 mil vagas em julho veio abaixo dos 136 mil postos de trabalho registrados em junho e das 148 mil vagas esperadas pelo mercado financeiro. Além disso, na quinta-feira, os EUA tiveram um aumento de 14 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego, totalizando 249 mil.
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Segundo a XP Investimentos, “esses números sugerem enfraquecimento no mercado de trabalho americano, embora os pedidos de auxílio-desemprego tendam a ser voláteis nesta época do ano. Os sinais recentes de desaceleração da atividade reforçam nosso cenário de que o Fed iniciará seu ciclo de flexibilização monetária em setembro.”
A decisão do Federal Reserve (Fed) de ainda não cortar os juros — hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano — contribui para a percepção de que uma desaceleração mais expressiva pode atingir o país. Juros altos encarecem processos de tomada de crédito e financiamento para pessoas e empresas, o que tende a diminuir o consumo da população e frear os investimentos das companhias em seu próprio crescimento — podendo afetar, ainda mais, o mercado de trabalho.
Expectativas Futuras
Há expectativa de corte de juros em setembro por praticamente 100% dos participantes do mercado financeiro, segundo a ferramenta de análise FedWatch do CME. Alimentando ainda mais essa cautela, uma série de balanços corporativos pesam sobre a percepção do mercado, com destaque para resultados abaixo do esperado por gigantes da tecnologia, como Amazon e Intel.
Repercussões Globais
Seguindo os temores, bolsas de valores do mundo inteiro vivem um dia de forte desvalorização. Na Ásia, os mercados já fecharam e todos os principais índices acionários caíram, com destaque para o Japão:
- O índice Nikkei 225, da bolsa de Tóquio, despencou 12,40%, patamar que não era visto desde a crise financeira global de 2011;
- No Taiwan, o índice Taiex teve queda forte de 5,7%;
- Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,1%;
- Na Austrália, o S&P/ASX200 recuou 1,3%;
- Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 3,4%.
Na Europa, as bolsas também operam com quedas expressivas. O índice STXX Europe 600, que reúne 600 empresas distribuídas entre 17 países do continente, recuava mais de 3%.
Perguntas Frequentes sobre a Alta do Dólar e Queda das Bolsas
Por que o dólar está subindo?
O dólar está subindo devido ao receio de uma recessão nos EUA, impulsionado por dados de emprego abaixo das expectativas e juros altos.
Como a alta dos juros nos EUA afeta a economia?
Juros altos encarecem o crédito e o financiamento, reduzindo o consumo e os investimentos, o que pode levar a uma desaceleração econômica.
Quais são as expectativas para os próximos meses?
O mercado espera que o Fed comece a cortar os juros em setembro, o que pode aliviar a pressão sobre a economia e os mercados financeiros.
Como as bolsas globais estão reagindo?
Bolsas de valores no mundo inteiro estão registrando fortes quedas, refletindo a cautela dos investidores diante dos sinais de desaceleração econômica.