Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (17) que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria envolvido na produção do vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) com informações falsas sobre a fiscalização de transferências via Pix.
Em entrevista à CNN Brasil, Haddad apontou o publicitário Duda Lima, ex-marqueteiro de Bolsonaro, como responsável pela produção do material.
Segundo o ministro, o vídeo, financiado pelo PL, faz parte de uma estratégia motivada por insatisfação do ex-presidente com a Receita Federal, que investiga casos envolvendo Bolsonaro e sua família.
Estratégia e motivações apontadas
Haddad explicou que a campanha contra a medida fiscal surgiu de uma “bronca” de Bolsonaro com a Receita Federal. “A Receita descobriu o roubo das joias, abriu investigações das rachadinhas e sobre mais de 100 imóveis comprados pela família Bolsonaro”, afirmou. Ele também disse que o grupo analisou decisões da Receita em busca de algo que pudesse ser usado para atacar o governo.
Além disso, Haddad criticou a narrativa construída para sugerir que a Receita estaria mirando pequenos empreendedores. “Quiseram vender a tese de que a Receita vai fiscalizar o pequeno negócio, o que é uma mentira”, completou.
Alcance do vídeo e medidas do governo
O vídeo de Nikolas Ferreira, que viralizou nas redes sociais, já alcançou mais de 280 milhões de visualizações apenas no Instagram. O conteúdo tem sido usado pela oposição para criticar o governo.
Na quarta-feira (15), Haddad afirmou que o governo está trabalhando para responsabilizar criminalmente os autores da desinformação. O ministro ressaltou que o Palácio do Planalto não permitirá a propagação de fake news sem consequências legais.
Entenda o caso: fake news sobre o Pix e investigações
- Acusações: Haddad aponta Bolsonaro como articulador do vídeo de Nikolas Ferreira.
- Produção do vídeo: Publicitário Duda Lima foi citado como responsável pela criação.
- Motivação: Estratégia para criticar a Receita Federal, segundo Haddad.
- Impacto nas redes: Mais de 280 milhões de visualizações no Instagram.
- Resposta do governo: Providências criminais serão tomadas contra os envolvidos.