Fiesp critica posicionamento político do Presidente do Banco Central

Josué Gomes questiona autonomia do Banco Central e defende mudanças econômicas.

Redacao
Por Redacao
5 Min Read

São PauloJosué Gomes, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem um “posicionamento político”, o que poderia comprometer a autonomia da autoridade monetária. “Ele optou pessoalmente por um posicionamento político. Se acabarem com a autonomia do Banco Central, o ‘mérito’ vai ser todo do Campos Neto”, disse Gomes, de acordo com o Metrópoles.


Resumo da Notícia

  • Críticas à Autonomia: Josué Gomes critica o posicionamento político de Roberto Campos Neto.
  • Crescimento Econômico: Necessidade de mobilização para discutir crescimento.
  • Indústria de Transformação: Participação no PIB caiu de 28% para 11,5%.

Críticas ao Presidente do Banco Central

Josué Gomes citou como exemplos a ida de Campos Neto às urnas em 2022 vestindo a camisa da seleção brasileira e a homenagem recebida em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Gomes destacou a ausência de uma figura semelhante a José Alencar, vice de Lula em seus dois primeiros mandatos, para suavizar as relações entre o governo federal e o Banco Central. Segundo ele, Alencar, seu pai, tinha legitimidade para falar sobre questões econômicas, e hoje falta alguém no governo com essa capacidade.


LEIA TAMBÉM

Desafios Econômicos do Brasil

Gomes enfatizou a necessidade de a sociedade se mobilizar para discutir o que é preciso para que o país volte a crescer. Ele criticou os juros altos, a carga tributária pesada e o desalinhamento do câmbio como fatores que impedem o crescimento econômico. Além disso, ele defendeu a adoção do cashback na Reforma Tributária como uma forma eficaz de combater a desigualdade de renda.

Queda na Participação da Indústria de Transformação

A participação da indústria de transformação no PIB brasileiro caiu de 28% para 11,5%. Gomes alertou que a produtividade do setor também caiu significativamente. “Nos últimos 30 anos, o Brasil cresceu 2,4% ao ano, em média. O mundo, em média, cresceu 3,6%. Os países em desenvolvimento, dentre os quais nós nos incluímos, cresceram 4,9%. Nesse mesmo período de 30 anos, a indústria de transformação regrediu. Nós chegamos a ter 28% de participação no PIB e hoje temos algo como 11,5%. Acho que não é coincidência”, disse o empresário.

Propostas para o Crescimento Econômico

Gomes afirmou que investir na indústria de transformação é essencial para aumentar a produtividade da economia. Ele alertou contra exceções na Reforma Tributária que podem elevar a alíquota de referência e prejudicar setores como a indústria de transformação. Gomes também criticou a redução de alíquotas para alimentos, argumentando que o cashback seria mais eficaz para combater a fome e reduzir a desigualdade.


Perguntas Frequentes sobre as Declarações de Josué Gomes

Por que Josué Gomes critica Roberto Campos Neto?
Gomes critica Campos Neto por seu posicionamento político, o que poderia comprometer a autonomia do Banco Central.

O que Josué Gomes sugere para o crescimento econômico?
Ele defende a mobilização da sociedade para discutir o crescimento, redução de juros, reforma tributária com cashback e investimento na indústria de transformação.

Qual é a situação atual da indústria de transformação no Brasil?
A participação da indústria de transformação no PIB caiu de 28% para 11,5%, e a produtividade do setor caiu significativamente.

O que Gomes diz sobre a redução de alíquotas para alimentos?
Ele critica a redução de alíquotas para alimentos e argumenta que o cashback seria mais eficaz para combater a fome e reduzir a desigualdade.


Compartilhe esta notícia