Presidente da Finep é eleito para comandar Associação Brasileira de Desenvolvimento

Focada no desenvolvimento sustentável, ABDE é responsável pelo Sistema Nacional de Fomento, que registrou mais de R$ 5 trilhões em ativos

O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, foi eleito na tarde desta quarta-feira (24) presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que reúne 34 instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs). Ex-ministro de Ciência e Tecnologia no governo Dilma Rousseff, ele terá mandato de dois anos no novo posto e ocupará o lugar de Jeanette Lontra, primeira mulher a comandar a associação e presidente do Badesul Desenvolvimento.
 

Eleita por aclamação e encabeçada por Pansera, a chapa única tem dois vice-presidentes: José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, e Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná.
 

A diretoria eleita também é composta por representantes de outras sete instituições espalhadas pelo país: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Cresol, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) e Banpará.
 

Com ações focadas no Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável, a associação é responsável pelo Sistema Nacional de Fomento (SNF), que registrou mais de R$ 5 trilhões em ativos, até o terceiro trimestre de 2022. O SNF responde por 94% da carteira de crédito para o financiamento ao setor público, 86% da carteira de crédito para investimentos em infraestrutura e 81% do crédito rural brasileiro.
 

De acordo com a associação, as micro e pequenas empresas foram as que mais realizaram operações. O Pronampe, programa de crédito lançado em meio à pandemia com avais da União, foi o carro-chefe dos empréstimos.
 

Ao todo, segundo o levantamento da ABDE, as micro e pequenas empresas contrataram R$ 108 bilhões em mais de 1,4 milhões de operações no país, até março de 2023, conforme dados mais recentes.
 

O Sistema Nacional de Fomento, de acordo com a entidade, foi responsável por 78,7% do valor contratado, o equivalente a R$ 85,1 bilhões. No total, 524,4 mil microempresas foram beneficiadas com R$ 26,1 bilhões; e 544,5 mil pequenas empresas, com R$ 81,5 bilhões. Elas absorveram 24% e 75% dos recursos do programa, respectivamente. O restante ficou com microempreendedores e profissionais liberais