Brasília – A bancada do PT na Câmara dos Deputados entrou com uma ação popular na Justiça para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, seja proibido de fazer declarações de natureza político-partidária. O partido alega que Campos Neto tem pretensões eleitorais que podem gerar conflito de interesses e comprometer a moralidade administrativa.
O que você precisa saber
- Ação judicial: PT pede que Campos Neto seja impedido de declarações político-partidárias.
- Conflito de interesses: Alegação de que Campos Neto tem pretensões eleitorais.
- Imparcialidade: Questão sobre a imparcialidade na condução do Banco Central.
- Repercussão: Jantar com Tarcísio de Freitas citado como evidência.
Alegações de conflito de interesses
O PT argumenta que Roberto Campos Neto está envolvido em articulações político-partidárias, o que compromete a imparcialidade necessária à sua função no Banco Central. A ação menciona reportagens que indicam que Campos Neto estaria se articulando para uma posição em um possível governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Presidência da República.
“A presente ação popular insurge-se contra ostensiva movimentação e articulação político-partidária do presidente do Banco Central do Brasil”, destaca a ação do PT.
Jantar com Tarcísio de Freitas
Os parlamentares petistas mencionaram um jantar entre Campos Neto e Tarcísio de Freitas como exemplo de conduta inadequada. Segundo a ação, tal comportamento pode impactar negativamente a condução da política monetária e financeira do país.
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Críticas de Lula
A ação foi protocolada um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar Campos Neto durante uma entrevista à rádio CBN. Lula afirmou que o presidente do Banco Central tem “lado político” e que estaria “quase assumindo candidatura”.
“A festa foi para ele, foi homenagem do governo de São Paulo para ele”, disse Lula.