Brasília – A partir desta quarta-feira (1º de janeiro), o salário mínimo no Brasil passa a ser de R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412.
Segundo o governo federal, o reajuste considera 4,84% de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de um ganho real de 2,5%.
A atualização segue a nova norma aprovada pelo Congresso Nacional, que estabelece reajustes condicionados ao arcabouço fiscal.
O critério, válido até 2030, permite ganhos reais anuais entre 0,6% e 2,5%, dependendo do desempenho econômico.
Impactos do reajuste na economia
O aumento do salário mínimo afeta diretamente 59 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, beneficiários do INSS, e aqueles que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC).
De acordo com o Dieese, pela regra antiga, o reajuste seria composto pela inflação mais a variação de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), resultando em um ganho superior ao atual.
Despesas públicas também sofrem influência direta do novo valor. Cerca de 19 milhões de aposentados e pensionistas, mais de 4,7 milhões de beneficiários do BPC e 7,35 milhões de segurados pelo seguro-desemprego estão atrelados ao piso nacional.
Mudanças na política salarial
Entre 2003 e 2017, o Brasil experimentou um ganho real acumulado de 77% no salário mínimo, superando a inflação. Contudo, de 2018 a 2022, essa política foi suspensa, resultando em reajustes mais conservadores.
Segundo a Tendências Consultoria, a nova abordagem para reajustes poderá gerar uma economia de R$ 110 bilhões nas despesas públicas até 2030, com R$ 2 bilhões previstos já em 2025.
Entenda o impacto do salário mínimo
- Novo valor: R$ 1.518, com reajuste total de 7,34%.
- Critério atualizado: Ganhos reais entre 0,6% e 2,5%, conforme o arcabouço fiscal.
- Beneficiários afetados: 59 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais e beneficiários do INSS e BPC.
- Histórico recente: Políticas de ganho real suspensas entre 2018 e 2022.
- Economia projetada: R$ 110 bilhões até 2030, segundo especialistas.