Enem: Como estudar em ano de Rock in Rio e Copa do Mundo

2022 é um ano "recheado" de distrações para os candidatos que se preparam para o Enem e vestibulares; Professor Michel Arthaud, da Plataforma Ferretto, lista dicas para alunos não se "perderem"

A prova do Enem e os vestibulares estão próximos, e muitos estudantes se preparam para esses exames tão “temidos”. Mas pelo segundo semestre de 2022 ser repleto de “distrações” – como o festival de música Rock in Rio, em setembro, e a Copa do Mundo, que acontece em novembro, os alunos precisam se esforçar para se manterem focados em seus objetivos.

O Enem 2022 soma quase 3,4 milhões de inscritos, segundo relatório do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e as provas serão nos dias 13 e 20 de novembro – no mesmo mês dos jogos da Copa.

Eventos de grande porte, como é o caso do Rock in Rio e da Copa do Mundo, costumam ser muito aguardados, e nesse ano no caso a Copa acontecerá “fora de época”, o que causará mudanças na rotina de todos, considerando que tradicionalmente os jogos são nas férias escolares de julho, mas neste ano o campeonato inicia-se em 21 de novembro.

Para o professor Michel Arthaud, docente de Química da Plataforma Ferretto, é necessário ter muita disciplina para não se esquecer do foco principal, que são os estudos. “Ir a um show ou assistir o jogo do time predileto pode até ajudar a distrair a cabeça, mas é preciso tomar cuidado para não desconcentrar demais e acabar sendo prejudicado. Afinal, a prioridade no momento é passar nas provas”, comenta.

Pensando nisso, o professor Michel listou 5 dicas para os vestibulandos e candidatos ao Enem 2022:

Estudos x diversão
É importante saber dosar o tempo dedicado ao lazer e não extrapolar, afinal o estudante está prestes a realizar o exame para o qual estudou o ano inteiro. 

“Recomendo estudar ao menos 4 horas por dia, idealmente 6 horas, para obter bons resultados, sendo fundamental saber administrar o seu próprio tempo, de forma realista. Depois de uma longa carga horária estudando, a mente não raciocina da mesma forma e não absorve o conteúdo, o que acaba prejudicando”, alerta Arthaud.

Organização é a chaveQuando o aluno tem uma rotina organizada e eficiente de estudos, consegue até mesmo tirar um “tempo livre” para curtir um show ou assistir a um jogo da Copa, sem ficar com a consciência pesada e pensando que “deveria estar estudando”. 

“Uma das chaves principais para ter um bom desempenho é manter a organização, as matérias em dia e separadas por conteúdo. Quando o estudante está em um ambiente bagunçado perde a concentração com mais facilidade. A organização pode parecer detalhe, mas auxilia o candidato a atingir os melhores resultados”, avalia o professor.

Bônus após estudos 
Se o aluno tem mais dificuldade com alguma disciplina deve desafiar a si mesmo, pensando: “Eu só vou parar quando conseguir entender de fato esse assunto”. “É uma forma simples, mas que ajuda bastante a se manter focado”, ensina Arthaud.

“Um dos métodos que indico é sempre se ‘presentear’ após conseguir resolver um exercício difícil ou finalizar a revisão de matérias que estavam pendentes. Esse bônus ajuda muito a manter a motivação, pois no final se ganha uma recompensa”.

Cuidado com os  eletrônicos
Manter o celular longe na hora do estudo é uma tática valiosa para ficar mais focado, pois ao sermos notificados pelos aplicativos do aparelho, é muito comum que automaticamente já paramos o que estamos fazendo para ver do que se trata.

“Os cinco minutinhos que falamos para nós mesmos que iremos ficar nas redes sociais viram 30 minutos, 1 hora, e acabam com toda a concentração. É de extrema importância que, durante as horas dedicadas ao estudo, os aparelhos eletrônicos fiquem fora de alcance e de preferência desligados”, Arthaud comenta.

Reserve tempo para o descanso 
Por último, o professor indica investir em boas noites de sono, pois assim o candidato conseguirá focar 100% em todos os conteúdos que tem para estudar. 

“Dormir bem é indispensável, pois uma mente cansada não consegue se concentrar e, com isso, os estudos tornam-se improdutivos”, finaliza o professor