Museu do Amanhã e UFRJ juntos em Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros

O Museu do Amanhã e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acabam de firmar uma parceria para promoção da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros

O Museu do Amanhã e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acabam de firmar uma parceria para promoção da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros, a primeira concedida pela Unesco sobre esse tema no Brasil e a primeira no mundo sobre o tema promovida por um museu e uma universidade. Durante quatro anos, as equipes do Museu e da UFRJ, sob a coordenação do Prof. Fabio Scarano (UFRJ) – por meio da Escola de Futuros do Instituto de Desenvolvimento e Gestão -, irão desenvolver pesquisas, programas educacionais e atividades com o público e com os moradores das comunidades em torno do museu sobre o papel que o futuro desempenha no presente e as diferentes formas de imaginá-lo hoje para a construção de amanhãs onde a sustentabilidade e a convivência sejam aprimoradas. 

“O objetivo da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros do Museu do Amanhã/UFRJ é o de descolonizar futuros. O presente coloniza o futuro. Temos dificuldades de mirar além dos muros impostos pelas desigualdades, preconceitos, destruição da natureza, pandemias, violência. A alfabetização em futuros é vista pela Unesco como a principal capacidade no século XXI. É usar a nossa imaginação para fazer com que visões de futuros desejáveis influenciem nossa atitude no presente. Isso é possível a partir de diálogos que constroem confiança. Para isso, iremos promover conversas, estudos e ensino baseados em saberes distintos, envolvendo pessoas diversas, e sempre em ativa escuta aos elementos não-humanos da natureza. Acreditamos que essa prática impulsionará processos de regeneração de relações rompidas pela modernidade: de nós para com a natureza, de nós para com o próximo e de nós para com nós mesmos”, conta Fabio Scarano, Titular da Cátedra Unesco de Alfabetização em Futuros do Museu do Amanhã, numa parceria com a UFRJ, e diretor da Escola de Futuros do IDG.

“O Museu do Amanhã, como um museu de ciências orientado para o futuro, sempre trabalhou a noção de futuros possíveis relacionados às mudanças no planeta. Buscamos ouvir os nossos visitantes e co-criar os amanhãs junto com eles. Fazer parte da primeira Cátedra no mundo sobre Alfabetização em Futuros entre uma universidade e um museu nos impulsiona a seguir ampliando a nossa atuação como um ambiente de troca”, afirma Bruna Baffa, Diretora Geral do Museu do Amanhã. Ricardo Piquet, Diretor-Presidente do IDG, instituto gestor do Museu do Amanhã, complementa: “A parceria com a UFRJ faz uma aproximação entre educação não-formal, como a educação em museus, e o ensino formal. A partir dessa união começa a surgir a ideia de um ecossistema de conhecimento com diferentes instituições convivendo para um mesmo propósito. A temática da Cátedra é uma agenda não só dentro do Museu, mas também será pauta em encontros com museus internacionais e tem potencial de contribuir para uma agenda global dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).”

A cátedra possui atividades de pesquisa, ensino e engajamento de públicos sobre alfabetização em futuros. Entre as atividades planejadas para 2023 está a realização de um encontro da rede internacional de museus orientados pelo futuro conhecida pela sigla FORMS, Future Oriented Museums Synergies, que acontecerá no Museu do Amanhã em setembro pela primeira vez fora da Europa. A cátedra ainda planeja lançar seu primeiro livro sobre o tema de alfabetização em futuros, além de desenvolver pesquisas sobre o tema com pesquisadoras de pós-graduação da UFRJ. E planeja ainda promover ciclos de formação com especialistas internacionais no tema junto dos colaboradores do museu, de modo que a alfabetização em futuros seja um componente das exposições e demais iniciativas que o museu leva para os seus públicos.

Sobre o tema

O foco temático da Cátedra é concebido a partir da ideia de que o Bem-Estar Planetário é uma missão comum a todos e que o meio para cumpri-la é a Antecipação Regenerativa. Por “Regeneração” entende-se a cura de rupturas existentes não só entre os humanos, mas também entre os humanos e a natureza por meio de diálogos que tragam pluralidade de visões e formas de conhecimento. Já a “antecipação” é uma metodologia que pode ser elaborada de modo a diversificar as abordagens para imaginar futuros. A antecipação regenerativa surge, então, como uma possibilidade de conduzir processos para escapar de futuros ancorados em narrativas modernas hegemônicas e levar a outras possibilidades de futuros: diversificados, democratizados e descolonizados. Esta abordagem é uma contribuição original para o movimento Alfabetização em Futuros.

Sobre o Museu do Amanhã

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander como patrocinador máster, a Shell Brasil, ArcelorMittal, Grupo CCR e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui Engie, Americanas, IBM e B3.  Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da Light e Raia Drogasil, conta ainda com apoio de EY, Sodexo, EMS,  Rede D’Or, White Martins, Bloomberg, Colgate, Chevrolet Serviços Financeiros, TechnipFMC, Universidade Veiga de Almeida, Unimed-Rio, Dataprev e Granado. Além da Accenture e o British Council apoiando em projetos especiais, contamos com os parceiros de mídia Artplan, SulAmérica Paradiso e Rádio Mix.

Sobre o IDGO IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização social sem fins lucrativos especializada em conceber, implantar e gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atua também em consultorias para empresas privadas e na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Paço do Frevo, em Recife, e Museu das Favelas, em São Paulo. Atua ainda na implantação e futura gestão do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,  como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Também foi responsável pela concepção e  implementação do projeto museológico do Memorial do Holocausto, inaugurado em 2022  no Rio de Janeiro. Saiba mais no link