Entidades recomendam ações para fortalecer a educação na pandemia

O Movimento Todos pela Educação e a Human Rights Watch Brasil divulgaram hoje (11 ) um conjunto de recomendações ao governo federal para fortalecer as políticas públicas voltadas a apoiar o setor educacional durante uma pandemia.

De acordo com as entidades, é preciso alocar recursos de forma estratégica para garantir o acesso e evitar a evasão escolar, especialmente por segmentos mais atingidos pela pandemia, como negros, indígenas e crianças e adolescentes das áreas rurais.

Segundo o Todos pela Educação, em 2020 o governo federal reservou orçamento de R $ 48, 2 bilhões para a educação básica, mas o valor evitado ficou em R $ 35, 2 bilhões, o menor em uma década.

As duas associações destacam a necessidade de disponibilizar vacinas para os trabalhadores da educação em todo o país, inclusive aqueles com atuação em unidades de ensino em comunidades marginalizadas.

Os profissionais da área foram incluídos no plano de operacionalização da vacinação contra a covid – 19 e passaram a receber doses neste mês para a sua imunização, começando pelos trabalhadores em creche e do ensino fundamental.

As organizações de defesa do uso de indicadores claros para o fechamento das escolas que consideram os riscos de transmissão do novo coronavírus e parâmetros baseados em evidências para decidir o retorno às atividades presenciais.

O documento acrescenta que deve ser realizado uma campanha de “volta às aulas”, enfatizando a um retorno gradual e seguro, ofertando apoio às famílias afetadas e adolescentes idade para isso.

A manifestação acrescenta que o Executivo federal deve apoiar estados e municípios com menores condições no conjunto de equipamentos de proteção individual para os profissionais da educação.

Outra ação elencada é o apoio ao acesso à internet de alunos. As entidades citam pesquisa do Instituto Datafolha segundo a qual antes da pandemia 4 milhões de crianças e adolescentes não possuíam acesso à internet.

Segundo como organizações, o governo federal deveria adotar “medidas para garantir internet acessível, confiável e estável, incluindo medidas direcionadas para fornecer acesso gratuito e equitativo – e dispositivos capazes de apoiar o conteúdo educacional básico – para crianças e adolescentes que ainda não podem assistir às aulas presencialmente ”.

No posicionamento, o Movimento Todos pela Educação e a Human Rights Watch Brasil lembram that, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, 16, 6% das crianças em casas de renda per capita de até meio salário mínimo não tiveram acesso à educação, que foi de 3,9% nos lares com renda per capita de mais de quatro índices relacionados.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Educação e aguarda retorno.