Em 'Cartas ao Mundo', Bia Lessa tece reflexões sobre o futuro

Divulgação Curta!

Para compor a minissérie ”Cartas ao Mundo”, a diretora de teatro e artista multimídia Bia Lessa emprega diversos tipos de arte e provocações sensoriais, tecendo uma reflexão sobre possibilidades de futuro para a humanidade. A produção, dividida em três episódios, faz um recorte dinâmico entre filmes de Glauber Rocha, fotografias, sons ambientes, músicas, citações, poemas e instalações artísticas.

O primeiro episódio, intitulado “Asfixia”, traz a análise do filósofo italiano Franco Berardi, autor de obras como “Depois do Futuro”: “O século passado foi marcado pela euforia futurista. O futuro é expansão, aceleração e aprimoramento do nosso conhecimento e da nossa potência. (…) Agora, no novo século, o futuro se tornou uma espécie de ameaça”. 

Em seguida, uma linha do tempo da cidade de São Paulo mostra construções erguidas e derrubadas através dos anos. A cidade é usada como metáfora para uma espécie de selva de pedra onde a fome, a poluição e a violência se ampliam. Na narrativa, mesclam-se, por exemplo, uma entrevista do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, um poema de Marília Garcia e quadros de Anna Bella Geiger – em uma combinação que compõe uma estética da distopia.

”Cartas ao Mundo” é uma produção do Curta!, do SESC, da Pinacoteca de São Paulo, do Instituto Inhotim, do Instituto Goethe e da Unloop Filmes. A exibição é na Terça das Artes, 17 de janeiro, às 21h30.

A história do voto feminino nos EUA é contada em série documental

Após décadas de luta, em 1919, foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos a emenda constitucional que deu às mulheres o direito ao voto no país. A série “O Voto: A História das Sufragistas”, dirigida por Michelle Ferrari, conta essa história, do seu início até a tão sonhada conquista, entrelaçada com a trajetória das chamadas “suffragettes”.

O primeiro dos quatro episódios da série mostra os desafios e conquistas iniciais das “suffragettes”. Nos Estados Unidos, o movimento também esteve originalmente ligado aos abolicionistas em um contexto de Guerra Civil, ainda no século XIX. Porém, divergências com grupos que priorizavam os direitos dos negros — que também eram impedidos de votar — acabaram por separar as lutas de gênero e raça. A exibição é na Sexta da Sociedade, 20 de janeiro, às 21h30. 

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 16/01

21h25 – “Som, Sol e Surf – Saquarema” (Documentário)

Em 1976, um grande show de rock, chamado “Som, Sol & Surf”, aconteceu na praia de Itaúna, em Saquarema. Durante três dias, uma multidão de jovens, muitos acampados na praia, curtiu a música de Rita Lee, Ângela Ro Ro (sua primeira apresentação) e Raul Seixas, entre outros. O documentário resgata as imagens raras desses shows antológicos, assim como os costumes e práticas sociais da juventude daquela época, em um país regido pela ditadura militar. Diretor: Helio Pitanga. Duração: 80min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 17 de janeiro, terça-feira, às 01h25 e às 15h25; 18 de janeiro, quarta-feira, às 09h25; 21 de janeiro, sábado, às 15h; 22 de janeiro, domingo, às 21h25.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 17/01 

21h30 – “Cartas ao Mundo” (Série) – Episódio: “Asfixia”

Esse capítulo, intitulado “Asfixia”, mostra os problemas que degradam as grandes metrópoles – questões geográficas, sociais e econômicas. Os temas são tratados a partir de depoimentos, citações, poemas, imagens reais e imagens virtuais. A obra e a personalidade de Glauber Rocha são usadas como elemento condutor da narrativa. Direção: Bia Lessa. Duração: 50 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 18 de janeiro, quarta-feira, às 01h30 e às 15h30; 19 de janeiro, quinta-feira, às 09h30; 21 de janeiro, sábado, às 12h; 22 de janeiro, domingo, às 18h30.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 18/01

22h30 – ” Crítico” (Documentário)

Dirigido por Kleber Mendonça Filho (de “O Som ao Redor” e “Bacurau”), este documentário enfoca o trabalho de críticos de cinema e a visão de cineastas — como Walter Salles, João Moreira Salles e Carlos Saura — sobre os profissionais que avaliam filmes. Os depoimentos foram captados no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, entre 1998 e 2007, e revelam uma diversidade de opiniões de cineastas e críticos do mundo inteiro. Direção: Kleber Mendonça Filho. Duração: 76 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 19 de janeiro, quinta-feira, às 2h30 e às 16h30; 20 de janeiro, sexta-feira, às 10h30; 22 de janeiro, domingo, às 15h20.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 19/01

21h – “Recife/Sevilha – João Cabral de Melo Neto” (Documentário)

Os principais cenários da poética de João Cabral de Melo Neto são Recife e Sevilha. Afora os livros a uma e a outra dedicados, há aqueles cujos versos guardam nas entrelinhas a experiência do homem apaixonado por essas duas cidades. Recife e Sevilha representam portas de entrada e sínteses da obra deste exímio poeta. É igualmente verdadeira a proposição: entra-se em Recife e em Sevilha através da poesia de João Cabral. Seriam cidades inconciliáveis por suas diferenças, se nelas o poeta não tivesse vivido. O Recife do menino de engenho e do rapaz mundano e a Sevilha do homem feito andarilho por força de sua carreira de diplomata. Direção: Bebeto Abranches. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 20 de janeiro, sexta-feira, às 1h e às 15h; 21 de janeiro, sábado, às 23h; 22 de janeiro, domingo, 14h20.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 20/01

21h30 – “O Voto – A História das Sufragistas” (Minissérie em 4 episódios) – Ep. 1

Aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos em junho de 1919 e ratificada pouco mais de um ano depois, a emenda constitucional que deu às mulheres o direito ao voto foi resultado de uma luta incansável. Do seu início até a conquista do voto feminino, a trajetória das chamadas “suffragettes” norte-americanas é contada pela minissérie “O Voto: A História das Sufragistas”, dirigida por Michelle Ferrari. O primeiro episódio rastreia a ascensão da militância sufragista nos Estados Unidos, uma abordagem de ação direta à política inspirada nas sufragistas da Grã-Bretanha. Em 1911, “votes for women” haviam se tornado, como observou um jornalista, “as três pequenas palavras que constituem a maior questão no mundo hoje”. Direção: Michelle Ferrari. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 21 de janeiro, sábado, às 1h30 e às 09h30; 22 de janeiro, domingo, às 16h45; 23 de janeiro, segunda-feira, às 15h30;

Sábado, 21/01

20h – “Segundo Take” (Série) – Episódio: “Deus e o Diabo na Terra do Sol, com Walter Carvalho”

A série tem como proposta recriar cenas antológicas do cinema brasileiro sob o olhar de outros profissionais. A cada episódio, diretores e atores dividem com o público suas paixões cinematográficas e seu processo criativo ao refilmarem uma grande cena. Neste episódio, o diretor Walter Carvalho convida o ator Irandhir Santos para reviver o clássico personagem Corisco, do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha. Em seu depoimento, Irandhir conta que foram as vozes não apenas de Othon Bastos, o ator que fez o papel originalmente, como também as de Glauber e de Walter que ele reuniu dentro de sua cabeça para se inspirar. Já Walter, enquanto planeja a nova cena, reflete sobre as possibilidades implicadas na ideia de um segundo take. Direção: Adriana Borges. Duração: 26 min. Classificação: 12 anos.

Domingo, 22/01

23h – “Toulouse-Lautrec, o Indescritível” (Documentário)

Pintor, desenhista e brilhante artista de cartazes, Henri de Toulouse-Lautrec narrou sua época com uma ambição insaciável. Dos cabarés de Pigalle aos bordéis, esse observador cáustico e provocador lança um olhar cheio de paixão e humanidade sobre as mulheres que conhece. Este documentário traça a jornada de um artista visionário com uma liberdade feroz que revela, por trás das festas e do brilho, a imensa solidão da condição humana. Direção: Gregory Monro. Duração: 80min. Classificação: Livre.