O Vasco da Gama recebeu autorização judicial para contratar um empréstimo de R$ 80 milhões com a empresa Crefisa, que foi ex-patrocinadora do Palmeiras. A decisão, proferida pela juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, permite que o clube utilize a modalidade DIP Financing, prevista na Lei de Recuperação Judicial, voltada a empresas em processo de recuperação para garantir a continuidade das atividades.
Destinação do recurso e garantias
O empréstimo será utilizado para pagamento de salários de atletas e funcionários, custos operacionais, tributos, aquisição de direitos econômicos e despesas administrativas dentro do plano de recuperação judicial do Vasco e da sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A garantia do empréstimo será feita com a alienação fiduciária de 10 mil ações ordinárias classe A da Vasco SAF, equivalentes a 10% do capital social da empresa. Inicialmente, a garantia previa 20%, mas foi reduzida após parecer favorável do Ministério Público do Rio de Janeiro e dos administradores judiciais, que consideraram a operação legítima e segura.
Processo e impactos
O Vasco não precisou do aval do Conselho Deliberativo para a operação, já que o estatuto social prevê a consulta do órgão apenas para venda de patrimônio, o que não está envolvido neste caso. A juíza destacou que a operação é urgente e essencial para recompor a liquidez do clube, evitar o colapso financeiro e garantir a continuidade das atividades esportivas.
A previsão é de que o Vasco precise de cerca de R$ 170 milhões até o fim de 2025 para sua operação regular. O empréstimo da Crefisa é uma medida emergencial para reforçar o caixa diante dos desafios da recuperação judicial.



