A vitória por 1 x 0 sobre o Athletico-PR, no domingo (29), reacendeu a esperança sobre as chances do clube no Campeonato Brasileiro. Agora, o rubro-negro assumiu a quarta posição, a nove pontos do líder Botafogo.
Apesar do resultado, a atuação contra o Furacão não foi boa, acentuando o descontentamento pela eliminação na última semana, na Libertadores da América. Como consequência, no jogo de domingo, Tite ouviu a torcida pedir a sua demissão.
Impaciência e xingamentos
Conforme noticiado pelo Diário Carioca, a paciência acabou após o empate contra o Peñarol. Na madrugada de sexta-feira (27), no Rio, cerca de 20 torcedores lançaram pipocas no ônibus que levava a equipe e a comissão técnica.
O grupo ainda soltou fogos de artifício na entrada do terminal de carga do Galeão e foi contido pela Polícia Militar. Em seguida, os torcedores foram filmados xingando o técnico, além de gritarem frases como: “não é mole não, para jogar no Mengo tem que ter disposição”(veja o vídeo abaixo).
A postura da torcida foi assunto na entrevista coletiva após a vitória no Brasileirão, no domingo. Tite foi questionado sobre a sua situação, mas evitou responder diretamente aos flamenguistas, reafirmando sua relação dentro do clube.
“Respaldo da direção é constante, diário, de todos os momentos. Quando fala de fortalecimento de uma equipe toda, ela vem dentro das hierarquias. A hierarquia superior, que é a direção com o Flamengo, a comissão técnica e os atletas” – disse.
Contudo, temendo a repetição da sequência de eliminações com o treinador Jorge Sampaoli, a direção decidiu demitir Tite na manhã desta segunda-feira (30). De forma interina, o ex-jogador Felipe Luís vai escalar o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil.
A primeira partida contra o Corinthians será disputada na próxima quarta-feira (2), no Maracanã. A nota sobre a troca de comando foi divulgada pelas redes sociais.
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“Aqui não é Vasco”
A eliminação da Libertadores acentuou as críticas da torcida a Tite. Embora relatos de bastidores reforçassem que ele pudesse continuar, o custo da comissão técnica e a proximidade com a eleição para a presidência do clube – no dia 9 de dezembro – pesaram na decisão.
Diante da insatisfação com os resultados recentes, marcada pelos xingamentos nas arquibancadas e em vídeos após o empate com o Peñarol, a saída do técnico acabou sacramentada.
