Nesta quinta-feira (5), a corredora olímpica Rebecca Cheptegei, que representou Uganda nos Jogos de 2024, morreu em Eldoret, no Quênia. Segundo a polícia local, o crime foi cometido pelo ex-namorado da atleta, Dickson Ndiema Marangach.
De acordo com o pai da vítima, a tragédia foi motivada por um conflito relacionado à disputa de um terreno. Testemunhas relataram que, no domingo (1), enquanto a atleta e suas filhas estavam na igreja, o ex-companheiro invadiu a residência dela. Quando Rebecca retornou para casa, o homem jogou uma lata de gasolina sobre ela e a incendiou.
A mulher foi levada ao hospital com queimaduras que atingiram 80% de seu corpo. A corredora permaneceu sob cuidados médicos por quatro dias, mas faleceu devido à falência múltipla de órgãos. Ela residia com sua irmã e suas duas filhas no Quênia, a aproximadamente 25 km da fronteira com Uganda.
Histórico de mortes na região
Em outubro de 2021, a corredora Agnes Tirop, de 25 anos – que conquistou a medalha de bronze nos 10.000 metros nos Mundiais de 2017 e 2019 – foi assassinada. Ela foi vítima de um ataque a facadas em sua residência, no município de Iten. Na mesma localidade, a atleta queniana Damaris foi encontrada morta, em abril de 2022. Nos dois casos, os parceiros das vítimas estão sendo acusados de homicídio.
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Segundo o presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Daniel Rukare, trata-se de “Um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta” – e complementou – “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres”. A Federação Ugandense de Atletismo também se pronunciou, lamentando a morte:
“Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã, que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz”, finalizou a nota.
