Maratona de Pequim é adiada por causa de surtos de covid-19 na China

Pequim, 25 out (EFE).- O comitê organizador da Maratona de Pequim decidiu adiar o evento para uma data ainda não definida, para evitar a propagação da covid-19, após a identificação de surtos ativos em 11 províncias da China.

A corrida na capital chinesa, realizada pela primeira vez em 1981, estava marcada para aconteceram 31 de outubro e contaria com a participação de 30 mil pessoas.

No entanto, o último surto detectado em meados de outubro após, a viagem de um grupo de aposentados a áreas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior e Shaanxi levantou alerta em Pequim, onde há mais de 20 casos confirmados da covid-19.

A capital chinesa se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro do próximo ano. O evento será realizado sob rígidas medidas preventivas para evitar a propagação da doença .

O vice-diretor do Centro de Controle de Doenças da China, Wu Liangyou, disse neste domingo que este o mais recente surto é da variante delta, e destacou a “forte capacidade de transmissão” do vírus.

Embora a origem do surto ainda seja desconhecida, foi possível identificar a cadeia de infecção em mais de 106 casos positivos, que estariam relacionados a uma série de viagens em grupo.

As autoridades responderam a esses surtos com a realização de testes em massa e a restrição de movimentos de e para as cidades afetadas.

Este é já o surto mais grave desde o registrado em julho deste ano no aeroporto da cidade de Nanquim, que, apesar de deixar 15 províncias afetadas, foi controlado sem nenhuma morte.

A Comissão Nacional de Saúde da China não informa qualquer morte por covid-19 no país desde 26 de janeiro. O governo do país fez da gestão da pandemia um de seus grandes êxitos, ao aderir à política de tolerância zero contra a doença.

O país ainda aplica os rígidos controles de entrada que adotou em março de 2020: os passageiros que desembarcarem na China devem apresentar resultados negativos de testes PCR e testes de anticorpos antes do embarque, e cumprir duas semanas de quarentena.

De acordo com a Comissão de Saúde, desde o início da pandemia foram registrados 96.797 casos de infecção na China e 4.636 pessoas morreram por causa da covid-19.EFE