Anitta critica leilões de áreas verdes em Salvador

Anitta fez duras críticas aos leilões de áreas verdes promovidos pela Prefeitura de Salvador. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (18), a cantora pediu o cancelamento das vendas e alertou sobre os impactos ambientais. Ela também destacou a urgência da crise climática.

A manifestação repercutiu após a Justiça suspender o leilão de um terreno no Morro do Ipiranga, localizado na Barra. A área, com mais de 3 mil metros quadrados, tornou-se foco de uma disputa entre a prefeitura e entidades civis.

Cantora defende preservação ambiental

Anitta afirmou que “usar o potencial construtivo de áreas verdes para erguer mais prédios não é a melhor escolha para a população”. Ela destacou que o momento exige ações sustentáveis. “A crise climática é real. Agora é hora de cuidar do nosso ambiente”, declarou.

A artista fez um apelo direto às autoridades locais para que reconsiderem os leilões. Segundo ela, é necessário respeitar o patrimônio natural das cidades.

Terreno suspenso pela Justiça

A Justiça da Bahia suspendeu a venda de um terreno no Morro do Ipiranga, que fica em uma área de interesse ambiental. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA) entrou com uma ação contra o leilão, apontando riscos de erosão, deslizamentos e prejuízos culturais.

A área estava incluída entre os imóveis listados para leilão pela prefeitura. Contudo, a decisão judicial interrompeu temporariamente a medida.

Bruno Reis defende a venda dos terrenos

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), argumentou que os terrenos leiloados não têm uso público. Ele afirmou ao portal BNews que a prefeitura pode arrecadar valores expressivos com a medida.

A Câmara de Vereadores já aprovou a venda de 44 terrenos, sendo 17 deles classificados como áreas verdes. O projeto gerou críticas de urbanistas, ambientalistas e, agora, de figuras públicas como Anitta.

Medida enfrenta resistência

Diversos setores da sociedade civil criticam os leilões por causa dos possíveis danos ao meio ambiente. Além disso, especialistas em urbanismo apontam que a venda dessas áreas pode agravar problemas como inundações e perda de biodiversidade urbana.

O caso do Morro do Ipiranga expôs o conflito entre interesses econômicos e ambientais.