Mágicos criam truque de teletransporte auditivo para pessoas cegas

Em evento internacional, truque inovador surpreende ao utilizar apenas som, sem depender de visão, tato ou outros sentidos.

Redacao
Por Redacao
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Las Vegas – EUA – Mágicos de todo o mundo foram desafiados a criar um truque de magia que não dependesse de visão, tato, olfato ou paladar.

A solução? O teletransporte auditivo. A proposta foi um sucesso no Auditory Magic Challenge, realizado em novembro, durante a conferência da Associação de Ciência da Magia. Ed Brims, um dos mágicos vencedores, usou sons para criar uma ilusão auditiva surpreendente.

A competição, organizada pelo MAGIC Lab da Universidade de Plymouth, reuniu truques que exploravam exclusivamente o som, proporcionando uma experiência mágica inclusiva para pessoas cegas. No final, três mágicos foram premiados por suas habilidades em criar ilusões auditivas de impacto.

O Desafio

A proposta da competição foi clara: criar uma mágica sem recorrer aos sentidos tradicionais. Gustav Kuhn, diretor do MAGIC Lab, explicou que o objetivo era explorar como a magia pode ser experimentada sem a visão, algo até então raro no mundo da ilusão. O sucesso do desafio abriu portas para um novo tipo de magia, acessível a todos.

O Truque Vencedor

O truque vencedor de Ed Brims utiliza o fenômeno auditivo conhecido como “cone da confusão”. Esse efeito psicológico dificulta a localização exata de um som, criando uma ilusão de movimento. No truque de Brims, ele faz um som de “fwoomph” para simular um teletransporte auditivo, enganando até quem não pode ver.

O mágico pediu a seu filho, Felix, de 10 anos, para identificar a direção de sons feitos com uma colher em uma garrafa. Ao mudar de posição, Brims utilizou o som do “fwoomph” para simular um movimento inesperado, criando a ilusão de que ele havia se teletransportado.

A Inclusão de Pessoas Cegas

O aspecto mais inovador desse truque é a acessibilidade. Ao focar no som, Brims conseguiu tornar a mágica inclusiva, permitindo que pessoas cegas também se maravilhassem com o truque. Isso se torna possível pela maneira como o som é utilizado para criar a ilusão, sem a necessidade de pistas visuais.

Brims, com sua experiência em engenharia de software, demonstrou sua preocupação com a inclusão ao usar o som para transmitir a surpresa de uma forma única. A escolha do som “fwoomph” foi fundamental para garantir que a ilusão fosse compreendida por todos, independentemente de sua visão.

O Impacto da Inovação

Este concurso marca um marco importante na mágica, oferecendo uma alternativa para as pessoas com deficiência visual. A técnica do teletransporte auditivo é uma das primeiras tentativas sérias de criar uma experiência mágica para todos, independente da visão.

Agora, o MAGIC Lab planeja expandir a ideia, buscando explorar outros sentidos além da visão. Isso inclui a possibilidade de incluir sons e até elementos de linguagem para tornar a mágica ainda mais acessível.

Entenda o Caso

Quem são os responsáveis pela criação?: Gustav Kuhn, professor da Universidade de Plymouth, e Ed Brims, o mágico vencedor do desafio.

O que é o cone da confusão?: Fenômeno auditivo que dificulta a localização exata de um som.

O que foi o Auditory Magic Challenge?: Concurso internacional que desafia mágicos a criar truques sem depender de visão ou tato.

Como o truque funciona?: Usando sons para enganar a percepção auditiva e criar ilusões de movimento, como o teletransporte.

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