Ex-técnico da seleção venezuelana é alvo de ordem de prisão por assédio

Caracas, 8 out (EFE).- A justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra o ex-técnico da seleção feminina de futebol Kenneth Zseremeta, que foi acusado por 24 jogadoras de ter abusado sexualmente de uma delas, além de ter submetido atletas a assédio físico e psicológico, informou o Ministério Público nesta sexta-feira.

Caracas, 8 out (EFE).- A justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra o ex-técnico da seleção feminina de futebol Kenneth Zseremeta, que foi acusado por 24 jogadoras de ter abusado sexualmente de uma delas, além de ter submetido atletas a assédio físico e psicológico, informou o Ministério Público nesta sexta-feira.

O anúncio foi feito no Twitter pelo procurador-geral, Tarek William Saab, que explicou que o pedido foi feito por um membro do Ministério Público “e foi acordado pelo tribunal correspondente”, embora não tenha esclarecido qual tribunal estava envolvido.

Também foi emitido um mandado de captura para o assistente técnico William Pino, que foi acusado pelas jogadoras de cumplicidade.

Na mesma mensagem, Saab publicou uma foto do mandado solicitado pelo Ministério Público, no qual o procurador declara que o crime a ser processado é “abuso sexual com penetração a adolescentes, previsto e sancionado no artigo 260 da Lei Orgânica para a Proteção de Crianças e Adolescentes”.

A denúncia foi feita na terça-feira passada por um grupo de 24 jogadoras de futebol em comunicado divulgado por Deyna Castellanos, jogadora do Atlético de Madrid. O texto explica que as atletas decidiram “quebrar o silêncio para evitar que as situações de abuso e assédio físico, psicológico e sexual causadas por” Zseremeta “causem mais vítimas no futebol feminino e no mundo”.

As jogadoras declararam que, “de 2013 a 2017, ocorreram diversos incidentes em torno de Zseremeta, sendo o mais comum o abuso físico e psicológico durante as sessões de treino”.

O comunicado explica que em 2020 uma delas “confessou que foi abusada sexualmente desde os 14 anos de idade pelo treinador”, um abuso que “durou até ele ser despedido”, em 2017.

“Esta foi uma notícia que, para todas nós, tem sido muito difícil de assimilar. Muitas de nós nos sentimos culpadas por termos estado tão perto de tudo isto e por não termos percebido algo tão sério e punível”, comentaram as atletas. EFE

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