Festival Internacional de Linguagem Eletrônica acontece no CCBB

Você poderá ter a sensação de estar no núcleo de um furacão, ser embalado a vácuo ou até balançar em um mundo de realidade mista – real e virtual. Essas são apenas algumas das experiências que o público do Rio de Janeiro vai vivenciar na exposição DISRUPTIVA, iniciativa do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica – que acontece gratuitamente no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), entre 13 de abril e 4 de junho deste ano. 

Com curadoria de Paula Perissinotto e Ricardo Barreto a exposição reúne mais de 120 obras, de instalações totalmente imersivas a videogames e animações, oriundas de mais de 29 países. A curadoria de animações é de Raquel Fukuda. O patrocínio é do Banco do Brasil.

Participam da exposição mais de 85 artistas com trabalhos produzidos em 29 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Irã, Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suécia e Uruguai.

As obras transportam o público para um mundo inédito de novas percepções: Nemo Observatorium, de Lawrence Malstaf (Bélgica), convida o visitante para experimentar a sensação de estar no centro de um furacão. Em um grande cilindro transparente, o participante toma assento em uma cadeira e comanda, por meio de um botão, o sistema do furacão simulado. É uma experiência única para quem está dentro do cilindro, e um espetáculo para quem assiste de fora. Physical Mind, de Teun Vonk (Holanda), convida o visitante a deitar-se entre dois objetos infláveis, que os erguem do chão e os pressionam suavemente, sugerindo a vivência do estado de stress e de alívio.

Artista do Rio integra a exposição

A carioca Celina Portella, que vive e trabalha no Rio de Janeiro, explora as fronteiras da representação virtual com o mundo real na obra Vídeo-Boleba, que provoca os visitantes com bolinhas de gude que surgem de um vídeo.

Há ainda obras que abordam a relação entre movimento real e digital; movimento físico e sonoro. Em Swing (Alemanha), de Christin Marczinzik e Thi Binh Minh Nguyen, o público senta em um balanço usando óculos 3D, e a intensidade do balançar aciona animações na realidade virtual, as quais levam o visitante para um voo em um mundo de fantasia.

A interatividade também é destaque em nove instalações que sugerem a imersão digital, selfies misturados, a emoção real e virtual. Em KAGE-table, do coletivo japonês plaplax, sombras computadorizadas projetadas numa mesa ganham vida e adquirem movimentos de acordo com a interação do público. Até as sombras dos próprios espectadores, ao serem projetadas na   mesa, integram a experiência.

A exposição também oferece a possibilidade de jogar e experimentar trabalhos realizados para plataformas de realidade virtual (VR) com dispositivo ótico. Um dos destaques é Dear Angelica, filme ilustrado à mão que leva o público a navegar entre desenhos numa narrativa espetacular das memorias de uma adolescente. Também chama a atenção Bound, um jogo estético que usa PlayStation 4 e realidade virtual, no qual o visitante controla uma princesa bailarina enquanto ela percorre desconstruindo ambientes surreais e oníricos.

DISRUPTIVA traz ao público do Rio de Janeiro, por meio de uma parceria inédita com o CCBB, uma amostra de como os artistas estão produzindo obras no atual contexto, proporcionando a imersão em novas tecnologias, interação com as novas mídias e produções artísticas que dialogam com a vivência compartilhada do mundo contemporâneo. “Essa parceria possibilita que o público do CCBB Rio interaja de uma nova forma com a arte”, comenta Marcelo Fernandes, Gerente Geral do CCBB. “Estamos na era digital e poder usar os artefatos que a tecnologia oferece para imergir nas obras, literalmente, é algo curioso e inovador”, completa.

Imagens e materiais de apoio à imprensa: www.agenciagalo.com/filenoccbb

Sobre o FILE – O FILE é uma iniciativa cultural que viabiliza reflexões sobre as principais questões do universo eletrônico-digital desde o ano 2000, consolidando o Brasil como um dos protagonistas dessas discussões na comunidade internacional. O projeto pioneiro nasceu em São Paulo, capitaneado por Paula Perissinotto e Ricardo Barreto, e já exibiu trabalhos de artistas de 48 países a públicos de todas as idades em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, São Luís e Vitória. Desde a virada deste milênio, o festival tem conseguido aproximar os mais diversos públicos de obras de arte, debates e pesquisas que utilizam a tecnologia como suporte ou como inspiração. Por meio de uma apurada seleção de encontros, oficinas, exposições coletivas e publicações o FILE fomenta não só o acesso às criações artísticas contemporâneas, mas a produção de criações estéticas a partir de experiências tecnológicas. É considerado o maior evento do gênero na América Latina.

SERVIÇO
FILE – FESTIVAL INTERNACIONAL DE LINGUAGEM ELETRÔNICA
DISRUPTIVA – A arte eletrônica na época disruptiva
Abertura: 13 de abril de 2018
Período da exposição: de 13 de abril a 04 de junho de 2018
Entrada gratuita

CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Quarta-feira a segunda-feira, das 9h às 21h
Informações: www.bb.com.br/cultura

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA
Livre

CURADORIA
Ricardo Barreto e Paula Perissinotto