A arma comercial da UE: Sanções a países que não aceitam migrantes deportados - Depositphotos.com
Atualizado em 02/12/2025 13:56

A União Europeia (UE) está preparando um pacote de sanções comerciais como medida de pressão contra países que se recusam a aceitar a repatriação de seus próprios cidadãos que tiveram a permanência negada no bloco. A proposta centraliza-se na revisão do acesso com tarifas reduzidas oferecido pelo programa de Sistemas de Preferências Generalizadas (GSP).

O uso da economia como ferramenta de readmissão

O projeto, que já foi acertado entre os braços Legislativo e Executivo da UE, visa a suspensão temporária de acordos comerciais com aquelas nações que descumpram obrigações internacionais relacionadas à readmissão de seus nacionais.

Esta manobra diplomática e econômica reflete diretamente a crescente pressão exercida pelos governos de viés populista e de ultradireita dentro do bloco, que demandam uma política de imigração e deportação mais rigorosa.

Críticas e os centros de triagem

O tema será levado à pauta em uma próxima reunião de ministros da Justiça e das Relações Exteriores da UE. A discussão incluirá o foco em centros de triagem e deportação situados em países terceiros – um modelo de gestão de fluxo migratório já testado em acordos envolvendo a Itália, Líbia e Tunísia.

Tais centros e políticas, entretanto, continuam a ser alvo de severas críticas por parte de diversas entidades de direitos humanos, que apontam preocupações éticas e de tratamento dos migrantes.

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JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.