Dez meses depois de atropelar e matar adolescente, Bruno Krupp vai a júri popular no Rio

O modelo Bruno Krupp, de 25 anos, será levado à júri popular por homicídio doloso, em que assume o risco de matar. Ele responde na Justiça pela morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro, ocorrida em julho do ano passado.

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O estudante foi atropelado pela moto conduzida por Krupp, que não tinha carteira de habilitação, na Avenida Lúcio Costa. Na época, a perícia constatou que o modelo estava dirigindo a mais de 100 quilômetros por hora.

Bruno Krupp ficou preso por oito meses na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio. Mas a defesa conseguiu a liberdade provisória do modelo em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março.

Krupp precisou cumprir medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte, comparecimento mensal em juízo, suspensão do direito de dirigir, além de estar proibido de tentar obter permissão ou habilitação para dirigir. 

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O advogado de Bruno disse ao portal G1 que o modelo também foi vítima do acidente. “Não há culpa, pois ele não assumiu o risco. Ele também foi vítima desse acidente, porque se machucou e chegou a sofrer diversas cirurgias. Por conta dessa decisão (de ir a júri popular), vou recorrer da decisão”, afirmou Ary Bergher.

Relembre o caso

O estudante João Gabriel estava com a mãe atravessando a Avenida Lúcio Costa quando Bruno Krupp o atropelou com sua moto sem placa e sem habilitação. O adolescente foi brutalmente atingido e teve uma perna amputada na hora do acidente. Ele passou por cirurgia no Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.

O modelo teve ferimentos e foi encaminhado para um hospital particular. Em depoimento após ser preso, Bruno admitiu que ultrapassou o limite de velocidade permitido. 

A decisão de ir à júri popular é do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Bruno Krupp poderá recorrer em liberdade. Após o caso, a polícia divulgou que o influenciador também é investigado por estelionato e uma mulher registrou boletim de ocorrência contra ele por violência sexual.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita