Leci Brandão fala de música e periferia no Manos e Minas

Samba, rap e batucada africana. A mistura rítmica de gêneros vizinhos domina o Manos e Minas deste sábado (26/2). Na tela da TV Cultura às 18h.

 
O rapper Emicida, no quadro A Rua é Nóiz, bate um papo musical com Leci Brandão. Além de exímia sambista, ela sabe como ninguém o que as comunidades cariocas e paulistanas produzem artisticamente. Intérprete de mão cheia, foi, em 1970, a primeira mulher a compor a ala de compositores da Mangueira e, hoje, toca a carreira artística em paralelo com a vida política. É deputada estadual de São Paulo, pelo PCdoB.
 
No palco, os convidados especiais do programa são os integrantes do Expressão Ativa, que destilam suas rimas buriladas com letras de conscientização e mensagens pacifistas. O grupo, que já teve outros três nomes – Cobras do Rap, Comunidade Cobra e Periferia 4 –, é formado por MP XIII (compositor e intérprete), Dry (backing vocal), Black (MC), Átila (backing e solo), Kaion (backing) e Dondjay (DJ, samples e batidas).
 
O Manos exibe ainda matéria sobre o bloco afro Ilú Obá, que há seis anos desfila pelas ruas do centro de São Paulo, sempre na sexta-feira do carnaval. Lá, são as mulheres que dominam a bateria. Homens, só na ala de dançarinos. Na festa deste ano, o Ilú homenageia as poderosas rainhas africanas.
 
A convite da atração, o ex-catador de lixo e escritor Sebastião Nicomedes assiste ao documentário Lixo Extraordinário, acompanhado pela câmera do videorrepórter Rodney Suguita. Indicado ao Oscar, o vídeo mostra o trabalho do artista plástico Vick Muniz num dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, periferia do Rio de Janeiro.
 
Gravado no Teatro Franco Zampari, o Manos é duplamente comandado por Max B.O. e Anelis Assumpção.