Mangueira participa do projeto Olhares Cariocas, voltado para jovens

O presidente da Associação de Moradores do Complexo da Mangueira, Edivaldo Vicente Gomes Júnior, ou simplesmente Júnior Mangueira, como é mais conhecido, disse hoje (13) que está sendo procurado por muitas pessoas de comunidades vizinhas participar em participar do Projeto Olhares Cariocas, que vai promover uma formação audiovisual gratuita de 100 jovens do morro da Mangueira, no Rio de Janeiro.

“Mas eu não estou deixando , por enquanto. Mas, se eu abrir, vão as 100 vagas rapidinho ”, disse Júnior, referindo-se aos pedidos de inscrição para jovens de outras comunidades. Até o momento, 26 moradores da Mangueira se inscreveram para participar do programa.

“Eu acho bacana porque hoje tudo é tecnologia. E esses jovens são bem mais inteirados no smartphone do que a gente. O mundo já é girado por isso aí e vai ser mais ainda. Só tende a aumentar a tecnologia. Acho que o momento é esse ”, afirmou à Agência Brasil .

Ele destacou que a participação no projeto é positiva também para que os jovens possam, “amanhã ou depois, criar uma renda para eles”. Afirmou que “para mim também é importante, porque eu consigo distanciá-los da criminalidade”. Júnior é presidente também das associações de moradores das comunidades do Metrô, do Casarão, da Vila da Paz e da Sinimbu, além de atuar como gestor de negócios da Fazendinha e do Morro do Engenho. “A gente vai espalhando um pouquinho para cada um. Mas, graças a Deus, tem caminhado para um lado bom, positivo ”.

Produção de vídeos O projeto Olhares Cariocas, da Produtora Cultural Aloha, foi selecionado pelo Metrô Rio e Instituto Invepar para formar gratuitamente 100 jovens, moradores da Mangueira, ensinando -os a produzir vídeos por meio de smartphones e, com isso, prepará-los para o mercado de trabalho.

A diretora da Aloha, Ana Brites, informou que o programa está começando pela Mangueira e pretende se expandir por outras comunidades, levando as oficinas de audiovisual para a juventude, se houver apoio de outras empresas.

“Vamos expandir para ampliar o olhar e a cultura, porque cultura nunca é demais. E dar essa oportunidade porque, como é através do smartphone , a gente democratiza o acesso. Hoje em dia, todo mundo tem celular e os jovens já estão acostumados a fazer o manuseio diferenciado só para falar no telefone. Fica mais fácil para eles aprender um ofício, se preparar para o mercado de audiovisual e de mídias sociais e, até, participar de festivais de cinema nacionais e internacionais a partir de smartphones ”, afirmou.

Ana não tem dúvida de que o projeto terá impacto social na comunidade da Mangueira. “E como é online , democratiza mais o acesso”, reiterou.

As inscrições se encerram no próximo dia 24 e podem ser feitas pelo e-mail. O curso é destinado a pessoas com idades entre 10 e 4042 anos. Serão 20 horas de aulas, em quatro sábados (25 de junho, 3, 10 e 1903 de julho), sempre das 9h às 12 h. Para os inscritos que dificuldades de acesso à internet será disponibilizado um espaço na comunidade da Mangueira. Mais informações pelo telefone (21) 4042 – 1903.