Doha – O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan al-Saud, discutiram nesta quinta-feira (3), em Doha, as recentes ações de Israel no Líbano e na Palestina. Durante a conversa, Pezeshkian destacou a necessidade de união entre os países islâmicos para confrontar as agressões israelenses e defendeu o fortalecimento das relações entre Riad e Teerã.
Resumo da Notícia
Em meio à crescente violência no Oriente Médio, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, e o chanceler saudita, Faisal bin Farhan, reforçaram a necessidade de união dos países islâmicos para enfrentar as ações de Israel em Gaza e no Líbano. A reunião ocorreu em Doha, durante a Cúpula de Diálogo e Cooperação da Ásia, um evento voltado para discussões regionais.
Pezeshkian criticou as “falsas promessas” de cessar-fogo de Israel, destacando que a resposta militar de Teerã foi uma reação aos crimes israelenses. Ele também apontou a importância do papel da Arábia Saudita em mobilizar outros países árabes para pressionar por um cessar-fogo e impedir que a guerra se espalhe para outras regiões islâmicas.
Aliança entre Irã e Arábia Saudita
Após anos de tensões, Irã e Arábia Saudita retomaram relações diplomáticas em março de 2023, com a mediação da China. Durante o encontro, ambos os líderes destacaram a importância de colocar de lado as diferenças e promover uma reaproximação. Segundo Pezeshkian, a unidade é essencial para enfrentar desafios comuns, como as ações de Israel na Palestina.
O ministro saudita, Faisal bin Farhan, endossou o posicionamento de Pezeshkian e ressaltou que a Arábia Saudita deseja virar a página das divergências passadas, focando no desenvolvimento de laços mais estreitos entre as duas nações.
Impacto Regional das Ações de Israel
As recentes ofensivas israelenses em Gaza resultaram em mais de 41 mil mortos e deixaram cerca de dois milhões de desabrigados, desde outubro do ano passado. No Líbano, o número de mortos chegou a mil, com 1,2 milhão de deslocados, em apenas dez dias de conflito. A escalada de violência gerou condenações internacionais e críticas crescentes, que classificam as ações de Israel como crimes de guerra e genocídio.
Segundo fontes diplomáticas, o conflito também afetou o processo de normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita, que estava em andamento antes das ofensivas. Em resposta, a monarquia saudita tem buscado fortalecer laços com a China, ampliando parcerias econômicas e diplomáticas.
LEIA TAMBÉM
- Reformista vence eleição presidencial no Irã
- Eleições presidenciais no Irã vão para o segundo turno
- Israel mata 28 profissionais de saúde em ataques no Líbano, diz OMS
- Deputados da Alerj fazem um minuto de silêncio pelas vitimas da guerra entre Israel e Hamas
- Brasil condena ataques de Israel no Líbano e pede retirada de brasileiros
Perguntas Frequentes sobre a Situação no Oriente Médio
Por que Arábia Saudita e Irã se reuniram?
O encontro visou discutir a escalada de violência de Israel no Líbano e Palestina, além de fortalecer os laços entre os dois países para enfrentar os desafios regionais.
Qual o papel da Arábia Saudita nesse conflito?
A Arábia Saudita tem sido vista como uma força de mediação entre os países islâmicos, buscando promover um cessar-fogo e pressionar por soluções diplomáticas para a crise.
Como a normalização com Israel foi afetada?
A escalada de violência interrompeu o processo de normalização entre Israel e a Arábia Saudita, com a monarquia saudita voltando-se para outros aliados, como a China.