Buenos Aires – Milhares de argentinos se reuniram na tarde desta segunda-feira (24) para marcar o Dia Nacional da Memória pela Verdade e a Justiça. O evento, que aconteceu em Buenos Aires, rememora os mais de 20 mil desaparecidos durante a ditadura militar (1976-1983) no país.
A manifestação teve como ponto central a Praça de Maio, um local histórico de resistência contra a repressão. Durante o ato, os participantes entoaram palavras de ordem, especialmente direcionadas ao governo de extrema-direita de Javier Milei. Organizações de direitos humanos, sindicatos e movimentos sociais se uniram para marcar o dia.
Marcha histórica em defesa da memória
Pela primeira vez em 19 anos, as organizações decidiram realizar uma única marcha. Sob o lema “Memória, Verdade e Justiça”, o evento uniu grupos históricos como as Avós da Praça de Maio, as Mães da Praça de Maio, HIJOS e a Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos. Esses coletivos, que há décadas defendem os direitos dos desaparecidos, se uniram também ao Espaço Memória, Verdade e Justiça.
A marcha percorreu as ruas de Buenos Aires, onde os manifestantes exibiram cartazes e faixas lembrando as vítimas do regime militar e pedindo justiça para os responsáveis pelos abusos de direitos humanos. A crítica ao governo de Milei foi uma constante, com vários líderes da oposição se manifestando contra a política do atual presidente.
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Organizações unificadas pela memória histórica
A união das organizações no evento simboliza um esforço para reforçar a luta pela justiça e pela preservação da memória histórica. Grupos como as Mães da Praça de Maio, que desde os anos 70 clamam por respostas sobre o desaparecimento de seus filhos, participaram ativamente da marcha, relembrando os traumas causados pela ditadura.
Entenda o caso:
- O Dia Nacional da Memória pela Verdade e a Justiça é uma data simbólica na Argentina, que marca o aniversário do golpe militar de 1976.
- Mais de 20 mil argentinos foram desaparecidos ou mortos durante a ditadura, e muitos ainda buscam respostas.
- Javier Milei, presidente de extrema-direita da Argentina, foi alvo de críticas durante o evento.
- A manifestação unificou diversas organizações de direitos humanos e movimentos sociais.