Moscou – O presidente sírio Bashar al-Assad anunciou sua renúncia neste domingo (8), propondo uma transição pacífica de poder após a capital, Damasco, ser tomada por oposicionistas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou que Assad deixou o país, pedindo a formação de um governo de transição.
A decisão ocorre após o avanço do grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que conquistou cidades estratégicas como Aleppo e Homs.
Rebeldes celebraram a queda do regime derrubando estátuas e declarando: “Damasco está livre de Assad”.
Rebeldes consolidam controle na Síria
O avanço rebelde nos últimos dias forçou Assad a deixar o país. Milhares de pessoas comemoraram nas ruas da capital, enquanto líderes opositores negociam com o primeiro-ministro Mohammed Ghazi Jalali um governo de transição.
O grupo HTS liderou a ofensiva, aproveitando a fragilidade das forças governamentais. A Rússia, que apoiou Assad durante os 13 anos de guerra civil, enfatizou a importância de uma solução política para evitar o colapso do país.
ONU propõe negociações urgentes
O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, sugeriu negociações em Genebra para garantir uma transição pacífica. A Resolução 2254 da ONU, que prevê diálogo inclusivo e eleições democráticas, foi destacada como guia para o processo.
A guerra civil síria, iniciada em 2011 durante a Primavera Árabe, deixou mais de 500 mil mortos e milhões de deslocados. A ONU destacou que este é um momento crítico para a reconstrução do país.
Apoio da Rússia e desafios no futuro
A Rússia reiterou estar em contato com diversas facções da oposição para evitar novos conflitos. Contudo, o futuro político da Síria depende de acordos entre as partes envolvidas.
“O diálogo deve ser inclusivo, respeitando as aspirações do povo sírio”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Entenda o caso: Renúncia de Assad e transição na Síria
- Renúncia anunciada: Assad deixou o cargo após avanço rebelde em Damasco.
- Tomada de cidades: HTS conquistou Aleppo, Homs e a capital síria.
- Transição negociada: Líderes rebeldes conversam com Mohammed Ghazi Jalali.
- Papel da Rússia: Moscou pressiona por uma solução política pacífica.
- ONU envolvida: Negociações em Genebra podem definir o futuro do país.