São Paulo – O ex-conselheiro econômico do Conselho de Estado da China, Wang Huiyao, afirmou que a China deve intensificar suas compras do Brasil devido à nova ameaça de guerra comercial com os Estados Unidos. Ele destacou que, apesar das tensões, o presidente chinês Xi Jinping ainda busca diálogo com o governo de Donald Trump.Huiyao declarou em entrevista à Folha de S.Paulo que, embora a China tenha adotado algumas medidas retaliatórias, o país continua aberto a conversas. “A China quer discutir com os Estados Unidos”, enfatizou. As contramedidas chinesas incluem tarifas sobre carvão e petróleo, além de controle na exportação de minerais, que devem entrar em vigor em breve.
Contexto da Guerra Comercial
As novas tarifas impostas por Trump visam punir a China por não conter o fluxo de drogas ilícitas. O governo americano aplicou uma taxa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas. Essa ação gerou reações imediatas da China, que responde com suas próprias tarifas.
A Perspectiva Chinesa
Wang Huiyao acredita que Trump utiliza as tarifas para atrair a atenção para negociações. “Se esse é o propósito, acho que está bem”, comentou. Ele ressaltou que a China deseja um diálogo construtivo com todos os países para evitar uma guerra comercial insustentável.
Implicações para o Comércio Brasileiro
O analista também observou que, caso as tensões comerciais aumentem, a China certamente comprará mais produtos do Brasil e da América Latina. “Os EUA vão empurrar outros países para o comércio entre si”, completou Huiyao. Essa dinâmica pode abrir novas oportunidades para o Brasil no mercado chinês.
Entenda o Caso: A Guerra Comercial e Suas Consequências
- Quem é Wang Huiyao?: Ex-conselheiro econômico da China e presidente do Centro para China e Globalização (CCG).
- O que está acontecendo?: Aumento das tensões comerciais entre EUA e China.
- Qual é a resposta da China?: Implementação de tarifas sobre produtos como carvão e petróleo.
- Impacto no Brasil: Aumento das compras chinesas de produtos brasileiros.
