Washington – Pequim – Ottawa — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta segunda-feira (3) o aumento das tarifas sobre produtos importados da China e do Canadá. Em resposta, os dois países anunciaram medidas de retaliação, impondo taxas que variam de 10% a 25% sobre produtos norte-americanos.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticou a decisão e declarou que “nada justifica essas medidas”. Ele afirmou que o Canadá aplicará tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões em bens dos EUA a partir da meia-noite. A China, por sua vez, anunciou novas taxas de 10% e 15% sobre produtos agropecuários norte-americanos, incluindo soja, trigo e carne bovina.
China endurece retaliação
A nova medida assinada por Trump eleva de 10% para 20% as tarifas sobre produtos chineses, sob o argumento de que Pequim não combate adequadamente o tráfico de fentanil. A Casa Branca justificou a decisão afirmando que o governo chinês falhou no combate à crise dos opioides nos EUA.
Em resposta, um porta-voz do Ministério do Comércio da China declarou que Pequim adotará “medidas de represália proporcionais”. As novas tarifas chinesas afetam diretamente setores estratégicos da economia norte-americana.
Impactos no mercado automotivo
A indústria automotiva está entre as mais afetadas pelas novas tarifas. Canadá e México representam quase metade das importações e exportações de veículos dos EUA. Representantes do setor argumentam que as tarifas podem encarecer a produção de automóveis no território norte-americano.
O American Automotive Policy Council, que representa montadoras como General Motors, Ford e Stellantis, alertou sobre os riscos da medida. Matt Blunt, presidente do conselho, declarou ao New York Times que “essas tarifas aumentarão o custo de produção e prejudicarão a competitividade” das montadoras nos EUA.