China trava venda do TikTok nos EUA, diz Trump

Redacao
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Imagem de antonbe por Pixabay

Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a China barrou o acordo de venda do TikTok no país em resposta ao aumento das tarifas.

Segundo Trump, Pequim mudaria de posição se houvesse redução nas taxas aplicadas.

Trump estendeu por mais 75 dias o prazo para a ByteDance concluir a venda dos ativos do TikTok a uma empresa não chinesa. Caso contrário, o aplicativo será banido nos EUA.

Trump aponta tarifas como causa do impasse

Durante declaração a jornalistas, Trump explicou que havia avanço nas negociações sobre a venda. Contudo, a China alterou os termos depois do aumento das tarifas sobre seus produtos. “Se eu desse um pequeno desconto nas tarifas, eles aprovariam esse acordo em 15 minutos”, afirmou o presidente.

Na sexta-feira (4), Trump ampliou o prazo legal para a ByteDance vender a operação americana do aplicativo. A lei, aprovada em 2024, determina que, sem a venda, o TikTok será retirado das lojas de aplicativos nos Estados Unidos.

Modelo previa controle americano

O acordo em discussão previa a criação de uma nova empresa nos EUA. Essa entidade teria controle majoritário de investidores americanos, e a ByteDance ficaria com menos de 20% de participação. O governo americano, os atuais investidores e a empresa chinesa tinham sinalizado concordância inicial.

Contudo, a ByteDance declarou que ainda existem “diferenças significativas” nos termos. “Continuamos em negociação com o governo dos EUA”, disse a empresa, que também lembrou que acordos desse tipo estão sujeitos à legislação chinesa.

Pequim reage às tarifas

A Embaixada da China afirmou que o país se opõe a medidas que contrariem os princípios da economia de mercado. A negativa veio após os EUA imporem tarifas de 54% sobre produtos chineses. Pequim respondeu com retaliação no mesmo dia.

Trump disse que está aberto a reduzir as tarifas como parte de um eventual acordo para vender o TikTok, que tem cerca de 170 milhões de usuários nos EUA.

Investidores lideram tratativas

Quatro grupos empresariais negociam a aquisição. Embora Trump não tenha revelado os nomes, a Reuters informou que o Susquehanna International Group, de Jeff Yass, e a General Atlantic, de Bill Ford, lideram as conversas.

O plano é que esses investidores aumentem suas participações na ByteDance e assumam o controle da nova empresa responsável pelo TikTok nos EUA.

Congresso pressiona por aplicação da lei

O Congresso aprovou a legislação com apoio bipartidário em 2024, temendo espionagem chinesa. O então presidente Joe Biden sancionou a medida, que fixava 19 de janeiro de 2025 como prazo final para a venda.

Trump, que assumiu novo mandato em 20 de janeiro, optou por não aplicar a proibição. O Departamento de Justiça notificou a Apple e o Google para manterem o aplicativo nas lojas.

Entenda o impasse da venda do TikTok nos EUA

  • Trump afirma que tarifas motivaram veto chinês ao acordo;
  • Acordo previa criação de empresa americana com menos de 20% de controle da ByteDance;
  • Investidores americanos lideram as negociações com a Casa Branca;
  • Congresso exige aplicação da lei que prevê proibição do TikTok;
  • ByteDance e governo dos EUA ainda negociam os termos.
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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca