Caracas – Em meio a questionamentos internacionais e com apenas 80% das urnas apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou, na tarde desta segunda-feira (29), Nicolás Maduro como presidente do país. O anúncio, feito pelo CNE liderado por um aliado de Maduro, confirma o presidente venezuelano para mais um mandato. Se concluir este novo período, Maduro terá governado a Venezuela por um total de 17 anos, superando os 14 anos de Hugo Chávez, de quem é herdeiro político.
RESUMO DA NOTÍCIA
- Resultado: CNE proclama reeleição de Maduro com 51,2% dos votos.
- Controvérsia: Oposição alega vitória com 70% dos votos.
- Participação: 59% dos eleitores votaram, aumento de 13 pontos em relação a 2018.
- Reações internacionais: Questionamentos de várias autoridades e apoio de Rússia, Nicarágua e Cuba.
DETALHES DA ELEIÇÃO
O CNE declarou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais realizadas no domingo (28), baseando-se em uma contagem parcial dos votos. Segundo o órgão, Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, alcançou 44%, resultando em uma diferença de 704 mil votos.
A última atualização ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando o site do CNE saiu do ar. Como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números podem mudar.
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DISCURSO DE MADURO
Após a divulgação do resultado, Maduro discursou a seus apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, proclamando sua reeleição como um triunfo da paz e da estabilidade. “O povo disse paz, tranquilidade. Fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará”, afirmou Maduro.
CONTESTAÇÃO DA OPOSIÇÃO
A oposição contestou os números divulgados pelo CNE, alegando irregularidades e calculando que Edmundo González recebeu 70% dos votos, enquanto Maduro teria obtido apenas 30%. Duas pesquisas de boca de urna divulgadas pela agência Reuters indicavam uma vitória significativa de González.
“Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González”, declarou Maria Corina Machado, líder da oposição impedida de disputar a eleição. Em seu breve discurso, González afirmou que “não descansaremos até que a vontade popular seja respeitada”.
PARTICIPAÇÃO ELEITORAL
De acordo com o CNE, 59% dos eleitores participaram da votação, um aumento de 13 pontos em relação aos 46% registrados em 2018, quando Maduro conquistou seu segundo mandato em um pleito marcado por denúncias de fraude, boicote da oposição e alta abstenção.
REAÇÕES INTERNACIONAIS
Diversas autoridades internacionais questionaram o anúncio da vitória de Maduro, pedindo uma contagem transparente dos votos. Por outro lado, presidentes de países como Rússia, Nicarágua e Cuba parabenizaram Maduro pela reeleição.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE A ELEIÇÃO NA VENEZUELA
Qual foi o resultado oficial anunciado pelo CNE?
O CNE declarou Nicolás Maduro vencedor com 51,2% dos votos.
O que a oposição alega sobre o resultado?
A oposição alega que Edmundo González recebeu 70% dos votos e que houve irregularidades no processo eleitoral.
Qual foi a participação dos eleitores na eleição?
59% dos eleitores participaram da votação, um aumento de 13 pontos em relação a 2018.
Quais foram as reações internacionais ao resultado?
Diversas autoridades internacionais questionaram o resultado e pediram uma contagem transparente dos votos, enquanto países como Rússia, Nicarágua e Cuba parabenizaram Maduro pela reeleição.