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Assassinos confessos

Congressista dos EUA sugere assassinato de Nicolás Maduro em operação “à la Soleimani”

O congressista norte-americano Mario Diaz-Balart, integrante do subcomitê de Defesa dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (8) que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pode ser assassinado em uma operação militar semelhante à que matou o general iraniano Qassem Soleimani, em 2020. A declaração, feita ao jornal Republica USA, sugere que Washington considera ações diretas contra o mandatário venezuelano sob o pretexto de combater o narcotráfico e o terrorismo no Caribe.


“Maduro pode ter o mesmo destino de Soleimani”, diz deputado

“A terceira alternativa [para Maduro] acredito ser a de Soleimani”, afirmou Balart. “Soleimani era um membro do governo iraniano e das Forças Armadas, e também um terrorista, e estava desfilando impunemente pelo mundo. Até que o presidente Trump chegou à Casa Branca e disse: ‘Chega’. E eles tiveram de encontrar Soleimani em pedaços.”

A fala faz referência ao ataque de drone norte-americano em Bagdá, que matou o general iraniano Qassem Soleimani em 3 de janeiro de 2020, durante a administração de Donald Trump. O episódio, amplamente condenado pela comunidade internacional, foi considerado uma execução extrajudicial e elevou as tensões entre EUA e Irã.


Deputado cita possibilidade de prisão ou assassinato

Além da hipótese de assassinato, Diaz-Balart afirmou que Maduro poderia ser capturado por forças dos EUA, tal como ocorreu com Manuel Noriega, ex-líder do Panamá, deposto e preso em 1989 durante a Operação Causa Justa.

Segundo o parlamentar, o cerco militar dos Estados Unidos no Caribe teria como alvo cartéis de drogas supostamente ligados ao governo venezuelano, incluindo o Cartel de Los Soles, frequentemente citado por Washington como uma rede de tráfico operada por militares próximos a Maduro.

“A pressão sobre Maduro aumenta, e ele sabe que as opções estão se esgotando”, declarou Balart.

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EUA ampliam presença militar no Caribe

Desde o início de setembro, ao menos quatro embarcações ligadas à Venezuela foram interceptadas ou destruídas por forças norte-americanas em operações contra o tráfico de drogas, de acordo com o Pentagon Brief.

A administração Trump vem reforçando a presença naval na região sob o argumento de combater o narcotráfico e o terrorismo, mas analistas apontam que as ações podem representar uma escalada militar disfarçada de “guerra às drogas”, reeditando estratégias da Guerra Fria.

Embora Trump tenha negado planos de derrubar Maduro, fontes diplomáticas admitem que a retórica militarizada de parlamentares republicanos serve para legitimar uma possível ação armada contra o governo chavista.


Escalada de tensão e riscos regionais

A ameaça de uma operação semelhante à que matou Soleimani acentua o risco de conflito regional e viola princípios do direito internacional, segundo especialistas da ONU consultados pela imprensa americana.

A Venezuela denunciou repetidas vezes que os Estados Unidos financiam grupos paramilitares e sabotagens econômicas com o objetivo de desestabilizar o país. O governo de Maduro ainda não respondeu oficialmente às declarações de Diaz-Balart, mas aliados chavistas classificaram a fala como “ameaça terrorista de Estado”.

Analistas latino-americanos alertam que qualquer ação militar dos EUA contra Caracas poderia reabrir um ciclo de intervenções armadas no continente, com efeitos diretos sobre o Brasil e a Colômbia, países fronteiriços.


JR Vital
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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