Dinamarca reafirma que Groenlândia não está à venda

Frederiksen responde a Trump e destaca soberania groenlandesa

Redacao
Por Redacao - Equipe
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– Copenhague – A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, reafirmou que a Groenlândia não está à venda, em resposta às declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propôs adquirir a ilha. Frederiksen destacou que a decisão sobre o futuro do território cabe exclusivamente ao povo groenlandês.

Em entrevista à emissora TV 2, Frederiksen declarou: “O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, foi muito claro: a Groenlândia não está à venda e nunca estará.”

Donald Trump Jr. chega à Groenlândia

O filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., desembarcou na Groenlândia em uma visita privada, acompanhado por aliados conservadores, como Charlie Kirk e Sergio Gor, ex-chefe de gabinete de Trump. Apesar de privada, a visita gerou especulações sobre o objetivo do grupo.

Trump Jr. foi recebido calorosamente, segundo postagem de Trump em sua rede social, Truth Social: “Don Jr. e meus representantes receberam uma ótima recepção. Este é um acordo que deve acontecer. MAGA! Façam a Groenlândia grande novamente!”

Relembre a proposta de Trump

Em 2019, durante seu primeiro mandato, Trump sugeriu comprar a Groenlândia, chamando a ideia de “necessidade absoluta” para os interesses dos EUA. A proposta foi imediatamente rechaçada por Frederiksen, que classificou a ideia como “absurda”.

Agora, cinco anos depois, Frederiksen reiterou que a soberania da ilha é inegociável: “A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, afirmou.

A importância estratégica da ilha

A Groenlândia, com sua posição privilegiada no Ártico e rica em minerais, atrai o interesse de grandes potências. A ilha abriga uma base militar dos EUA e desempenha papel crucial na segurança e no comércio internacionais.

Desde 1979, a Groenlândia possui autonomia e seu próprio parlamento. Contudo, a Dinamarca ainda controla aspectos como defesa e política externa. Em 2009, um acordo estabeleceu que a independência da ilha só pode ocorrer após um referendo.

Movimento de independência cresce

Em seu discurso de Ano Novo, o primeiro-ministro groenlandês, Múte Egede, sugeriu que um referendo sobre a independência poderia ser realizado em abril, junto às eleições parlamentares.

Frederiksen reconheceu o avanço do movimento: “Há um forte desejo de independência entre muitos groenlandeses. Isso é legítimo, e o futuro da ilha deve ser moldado em Nuuk, não em outro lugar”.

Entenda o caso: a soberania da Groenlândia

  • Proposta de compra: Trump sugeriu adquirir a Groenlândia em 2019 e reiterou a ideia recentemente.
  • Resposta dinamarquesa: Frederiksen rejeitou a ideia, destacando a soberania groenlandesa.
  • Autonomia da ilha: Desde 1979, a Groenlândia possui autonomia com limitações em política externa e defesa.
  • Interesse estratégico: A posição ártica e os recursos naturais tornam a ilha valiosa geopoliticamente.
  • Movimento de independência: Um referendo pode ocorrer em breve, fortalecendo a busca por soberania total.
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