Donald Trump impõe 125% à China e reduz tarifas de outros países

Presidente dos EUA amplia guerra comercial com Pequim e oferece trégua a países que evitaram retaliações
9 de abril de 2025
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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Washington Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aumentou nesta quarta-feira (9) as tarifas sobre produtos da China para 125%. Ao mesmo tempo, reduziu para 10% as taxas cobradas de outros 75 países, concedendo uma trégua de 90 dias àqueles que não retaliaram os EUA.

O anúncio foi feito por Trump em sua rede Truth Social. Segundo ele, a decisão responde à “falta de respeito” da China nos mercados globais. O republicano afirmou que “os dias de roubo dos EUA” por parte de Pequim chegaram ao fim.

Medida amplia tensão com a China

O governo chinês havia aumentado as tarifas sobre produtos norte-americanos dias antes. A nova escalada intensifica a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Trump endureceu o tom com Pequim, mas, ao mesmo tempo, buscou preservar alianças econômicas. Ele informou que a tarifa reduzida de 10% valerá de imediato, mas só para os países que procuraram negociação com os EUA.

Trégua de 90 dias para países aliados

O presidente explicou que mais de 75 países entraram em contato com os departamentos de Comércio, Tesouro e o USTR, e que nenhum deles retaliou as sanções. Por isso, Trump concedeu uma pausa de 90 dias nas tarifas mais altas.

“Autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida de 10%”, escreveu. Portanto, os países que buscaram diálogo garantiram condições comerciais melhores, ao menos temporariamente.

Lista oficial ainda não foi divulgada

Contudo, Trump não revelou quais países fazem parte da lista beneficiada. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que a nova tarifa vale para todos que não responderam com retaliações.

A ausência de uma lista oficial gera incerteza entre governos e empresários. A medida visa isolar a China no cenário internacional e impedir que outros países se alinhem a ela contra os EUA.

Brasil tenta garantir vantagem na negociação

O Brasil aparece entre as nações que mantêm negociações com Washington. O governo brasileiro informou que entrou em contato com a Casa Branca no mesmo dia em que as tarifas foram anunciadas.

Segundo fontes do Planalto, o Brasil deve permanecer com a tarifa de 10%, mas aguarda a divulgação da tabela oficial para confirmação. Enquanto isso, o setor privado busca entender os impactos nas exportações brasileiras.

Entenda: 5 pontos sobre a nova ofensiva comercial dos EUA

  1. Donald Trump aumentou para 125% as tarifas sobre produtos da China.
  2. Outros 75 países receberam trégua de 90 dias, com taxa reduzida de 10%.
  3. A medida responde à retaliação da China, que subiu tarifas contra os EUA.
  4. O Brasil tenta manter canal aberto com os EUA e evitar prejuízos comerciais.
  5. A lista completa de países favorecidos ainda não foi divulgada oficialmente.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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