![Destruição deixada por bombardeios israelenses a tendas de refugiados nos arredores do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, no centro de Gaza, em 14 de outubro de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]](https://uploads.diariocarioca.com/2024/10/XGSQgHPt-gaza.webp "EUA pressionam Israel por medidas humanitárias em Gaza | Diário Carioca")
Washington – Em uma carta enviada no dia 13 de outubro, os secretários de Estado Antony Blinken e de Defesa Lloyd Austin alertaram o governo israelense sobre a necessidade de tomar medidas urgentes para aliviar a grave crise humanitária na Faixa de Gaza. O documento, direcionado ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e ao ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, destacou a queda drástica na assistência humanitária no território palestino, especialmente no norte do enclave, onde a situação se agravou com as operações militares israelenses.
Os Estados Unidos concederam a Israel um prazo de 30 dias para “reverter a trajetória humanitária descendente” e permitir o acesso de pelo menos 350 caminhões de ajuda diariamente à região, além de aumentar a segurança para trabalhadores humanitários. Caso essas exigências não sejam cumpridas, o apoio militar dos EUA ao país poderá ser revisto.
Impacto da crise humanitária em Gaza
A crise humanitária em Gaza vem se agravando ao longo do último ano, com severas restrições à entrada de ajuda humanitária. Segundo a ONU, a população enfrenta o pior cenário de restrições desde o início da guerra, com impactos devastadores, especialmente para as crianças. James Elder, porta-voz do Unicef, destacou que, durante várias semanas, nenhum caminhão de ajuda conseguiu entrar na região, deixando milhares de pessoas sem alimentos.
Repercussão da pressão dos EUA
O documento enviado por Blinken e Austin marca um dos avisos mais severos já feitos pelos EUA ao governo israelense sobre a situação em Gaza. A Casa Branca reforçou que o fornecimento de armamentos a Israel está condicionado ao cumprimento de leis humanitárias, que exigem a facilitação da entrada de assistência no território.
As autoridades americanas também expressaram preocupação com as recentes restrições impostas por Israel, que incluem a interrupção de remessas comerciais e medidas alfandegárias rigorosas. Essas ações, combinadas com a violência no local, estão acelerando a deterioração das condições de vida na Faixa de Gaza.
![Palestinos resgatam vítimas dos escombros após bombardeios israelenses a Deir al-Balah, na Faixa de Gaza sitiada, em 18 de outubro de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]](https://uploads.diariocarioca.com/2023/10/AA-20231018-32448221-32448195-ISRAELI_AIRSTRIKES_CONTINUE_ON_THE_12TH_DAY_IN_GAZA-scaled-1.webp "Ataques israelenses a Gaza criam risco energético, alerta especialista | Diário Carioca")
LEIA TAMBÉM
Perguntas frequentes sobre a crise humanitária em Gaza
Por que os EUA estão pressionando Israel?
Os EUA estão pedindo que Israel melhore a entrada de ajuda humanitária em Gaza e proteja os trabalhadores humanitários, para evitar uma crise ainda mais grave.
Quais medidas os EUA sugerem para aliviar a crise?
A carta exige que Israel permita a entrada de 350 caminhões de ajuda por dia, além de melhorar a segurança para a distribuição de alimentos e remédios no local.
O que pode acontecer se Israel não cumprir essas exigências?
Se as condições humanitárias em Gaza não melhorarem, os EUA podem revisar seu apoio militar a Israel, incluindo a suspensão de transferências de armas.
