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General Zuniga é preso após tentar Golpe na Bolívia

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca
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La Paz – O general Juan José Zuniga, apontado como responsável por tentativa de golpe de Estado na Bolívia, foi preso na noite desta quarta-feira (26). A prisão foi determinada pela Procuradoria-Geral do país, segundo informes da imprensa local. Zuniga foi capturado e conduzido a um veículo policial nas proximidades de um quartel militar. “Está detido, meu general!”, declarou o vice-ministro de Governo (Interior), Jhonny Aguilera, conforme imagens da televisão estatal.

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O que você precisa saber

  • Prisão de Zuniga: General preso por tentativa de golpe de Estado.
  • Novo comando militar: General José Wilson Sánchez Velázquez assume o comando.
  • Desmobilização das tropas: Novo comandante ordena retorno das tropas aos quartéis.
  • Pronunciamento de Arce: Presidente pede mobilização contra o golpe e união em favor da democracia.

Detalhes da Prisão

O presidente da Bolívia, Luis Arce, convocou os bolivianos a se mobilizar contra uma tentativa de “golpe de Estado” e nomeou um novo comando militar horas depois de ter pedido respeito à democracia ao denunciar “mobilizações irregulares” de militares em frente ao Palácio Queimado, a sede presidencial em La Paz, na Praça Murillo. Em meio à movimentação das tropas, Arce anunciou o general José Wilson Sánchez Velázquez como novo comandante das Forças Armadas, sucedendo ao general José Zuniga.

Pronunciamento de Arce

Depois das 17h na Bolívia (18h em Brasília), Arce fez um pronunciamento desde a Casa Grande do Povo, um edifício adjacente à sede do governo, para transmitir uma mensagem de união e calma à população. Ao lado dos ministros de seu Gabinete e da vice-presidente David Choquehuanca, enfatizou a necessidade de “aplacar os apetites inconstitucionais”.

“Convocamos o povo boliviano a se mobilizar e a manter a calma contra o golpe de Estado, em favor da democracia”, disse Arce. “Todos juntos vamos derrotar qualquer intentona golpista.”

Reação Internacional

O golpe fracassado foi condenado por todo o espectro político boliviano e pela comunidade internacional. Mais tarde, depois que os militares começaram a deixar a praça, Arce discursou perante centenas de seguidores desde o balcão do palácio presidencial:

“Ninguém pode nos tirar a democracia que conquistamos”, afirmou. “Estamos seguros de que vamos seguir trabalhando.”

Reações Militares

Ao ordenar o retorno das tropas aos quartéis, o novo comandante militar, Sánchez, afirmou que “o general Zuniga foi um bom comandante, e lhe pedimos que não derrame o sangue de nossos soldados”.

“Sejamos cientes de que o governo legalmente constituído permanece, de acordo com as normas do Estado”, afirmou Sánchez, em referência à Constituição.


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Contexto da Tentativa de Golpe

No início do levante na Praça Murillo, o general Zuniga, que estava no cargo desde novembro de 2022, declarou que “a mobilização de todas as unidades militares” buscava expressar seu descontentamento “com a situação do país”. Ele alertou que não permitiria uma possível nova candidatura em 2025 do ex-presidente Evo Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019.

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