Roma – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou sua demissão do cargo de presidente do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), no último domingo (14).
A decisão foi divulgada durante o festival anual da juventude do seu partido, Irmãos de Itália, realizado em Roma.
A plataforma de seu discurso foi a ocasião para Meloni falar sobre a estabilidade política da Itália e seus planos para o futuro.
Meloni também expressou apoio ao polonês Mateusz Morawiecki, candidato à presidência do ECR.
Festival da juventude: uma vitrine para o governo de Meloni
O evento de uma semana, que atraiu mais de 300 convidados, tornou-se um palco para Meloni destacar a consolidação do governo de Irmãos de Itália. Comemorando dois anos de mandato, a primeira-ministra afirmou que a estabilidade política é essencial para tornar a Itália mais credível, tanto nacional quanto internacionalmente.
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Meloni se mostrou otimista sobre o futuro, garantindo que seu governo continuará em funcionamento até o fim de seu mandato. A desmobilização de sua liderança no ECR ocorre num momento em que a Itália, segundo Meloni, vivencia uma fase de estabilidade política rara em sua história recente.
Apoio ao próximo líder do ECR
Durante seu discurso, Giorgia Meloni também anunciou que seu partido apoiaria a eleição de Mateusz Morawiecki para a presidência do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), grupo de centro-direita no qual a Itália se integra. A mudança de liderança no ECR ocorre após Meloni decidir deixar o cargo, permitindo uma nova liderança para o grupo europeu.
Visita do primeiro-ministro libanês
O festival contou com a presença de várias personalidades, incluindo o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, que destacou a importância do apoio italiano à missão de manutenção da paz da UNIFIL, no sul do Líbano. Mikati enfatizou a relevância da Itália para o acordo de cessar-fogo na região, ressaltando a necessidade de respeito às condições da trégua para alcançar a estabilidade a longo prazo.
Além disso, Mikati abordou a questão dos refugiados sírios, defendendo o papel da União Europeia (UE) na facilitação do retorno dos refugiados à Síria. Ele frisou que o retorno seguro dos refugiados é crucial para a estabilidade da região.