Reykjavík – Na Islândia, mulheres ocupam cargos de destaque no governo e em outras instituições públicas. Atualmente, o país conta com uma presidente, uma primeira-ministra, além de lideranças femininas na Polícia Nacional, no Ministério Público e no episcopado.
Apesar desse cenário, a professora de estudos de gênero da Universidade da Islândia, Þorgerður Einarsdóttir, afirma que a presença feminina no setor público não reflete, automaticamente, em igualdade plena na sociedade islandesa.
Mulheres em posições de poder
Representação pública
A Islândia se destaca internacionalmente por sua representatividade feminina no governo. Mulheres são maioria no parlamento e ocupam postos estratégicos em áreas cruciais da administração pública.
Segundo Þorgerður Einarsdóttir, esse avanço ocorre principalmente no setor público, onde há mais rapidez em corrigir desigualdades. No setor privado, porém, os homens ainda detêm o controle sobre o capital, as finanças e a economia, mantendo grande influência no poder.
Impacto no setor privado
Enquanto mulheres lideram no setor público, a desigualdade permanece no privado. Þorgerður explica que as mulheres ainda são as principais responsáveis pelos cuidados não remunerados. Esse trabalho, essencial para a sociedade, muitas vezes não recebe o devido reconhecimento ou suporte.
Políticas para melhorar a igualdade
Iniciativas governamentais
O novo governo da Islândia adotou medidas que prometem beneficiar as mulheres. Entre os principais pontos estão:
- Melhorias nos serviços de saúde e assistência social;
- Avanços nos direitos de pessoas com deficiência e idosos;
- Políticas para reduzir a economia de cuidados não remunerados.
Essas ações visam aliviar o peso do trabalho doméstico e dos cuidados sobre as mulheres, que frequentemente assumem essas responsabilidades.
Estilo de liderança
Segundo Þorgerður, os líderes do governo atual adotam um estilo de poder mais humilde, rompendo com discursos políticos grandiosos que marcaram o passado do país.
Entenda o papel das mulheres no governo islandês
- Representação feminina: Mulheres são maioria no governo e ocupam os principais cargos públicos.
- Desafios no setor privado: Homens ainda controlam finanças e grandes empresas.
- Políticas públicas: Iniciativas voltadas para saúde, assistência social e igualdade.
- Economia de cuidados: Mulheres carregam a maior parte do trabalho não remunerado.
- Mudança de estilo: Nova liderança política prioriza abordagem mais inclusiva e humilde.