Genocídio

Israel admite provável responsabilidade por morte de ativista dos EUA

Aysenur Eygi, voluntária turco-americana, foi baleada durante protesto na Cisjordânia

Aysenur Ezgi Eygi foi morta por soldados israelenses. Foto: reprodução
Aysenur Ezgi Eygi foi morta por soldados israelenses. Foto: reprodução

Cisjordânia – As Forças de Defesa de Israel admitiram que o disparo que matou a ativista Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos, “provavelmente” partiu de militares israelenses. O incidente ocorreu durante um protesto em Beita, na Cisjordânia, contra o assentamento israelense de Avitar. A ativista foi baleada na cabeça e não resistiu aos ferimentos.

Resumo da Notícia

  • Aysenur Eygi, de cidadania americana e turca, foi morta por disparo militar em um protesto.
  • O Exército de Israel declarou que o tiro foi “não intencional” e que uma investigação está em curso.
  • O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou a ação, afirmando que foi “injustificada” e que mudanças são necessárias nas operações israelenses na Cisjordânia.
  • Eygi participava de um protesto contra o assentamento de Avitar, considerado ilegal pelos palestinos.

Detalhes do Incidente

Hello Bet
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Na sexta-feira, 6 de setembro, a ativista Aysenur Ezgi Eygi foi baleada durante uma manifestação na cidade de Beita, ao sul de Nablus, contra a expansão dos assentamentos israelenses. Eygi, voluntária do projeto Fazaa, que apoia agricultores palestinos, foi atingida por um tiro na cabeça. Ela foi levada às pressas ao Hospital Rafidia, em Nablus, onde não sobreviveu, apesar dos esforços médicos.

As Forças de Defesa de Israel reconheceram que é “altamente provável” que o disparo tenha sido feito por seus militares, mas descreveram o incidente como “não intencional”. O exército israelense solicitou uma autópsia para investigar mais detalhadamente as circunstâncias da morte.

Reação Internacional

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o incidente, afirmando que foi “sem provocação e injustificado”. Durante uma coletiva de imprensa em Londres, Blinken enfatizou que “ninguém deve ser baleado por participar de um protesto”. Ele também pediu que as forças de segurança israelenses revisem suas regras de engajamento na Cisjordânia, onde ocorrem operações frequentes.


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A Situação na Cisjordânia

Desde o início de uma ofensiva israelense em agosto, o Ministério da Saúde Palestino relatou mais de 30 mortes, incluindo crianças, em protestos e confrontos na região da Cisjordânia. A presença de assentamentos israelenses como o de Avitar é vista pelos palestinos como uma violação de seus direitos e uma das principais causas de tensão na área.

Perguntas Frequentes

Quem era Aysenur Ezgi Eygi?
Aysenur Ezgi Eygi era uma ativista turco-americana de 26 anos, voluntária do projeto Fazaa, que apoia agricultores palestinos na Cisjordânia.

Por que ela estava participando do protesto?
Ela estava protestando contra o assentamento israelense de Avitar, considerado ilegal por palestinos e ativistas de direitos humanos.

O que o governo de Israel declarou sobre o incidente?
O exército israelense afirmou que o tiro foi “provavelmente não intencional” e que uma investigação está em andamento para esclarecer os fatos.

O que Antony Blinken disse sobre a morte de Eygi?
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificou o incidente como “injustificado” e pediu mudanças nas regras de operação das forças de segurança israelenses na Cisjordânia.