Tel Aviv – O governo de Israel anunciou neste sábado (11) a aprovação de um plano para retirar tropas da Faixa de Gaza, em meio a avanços nas negociações de troca de prisioneiros com o movimento palestino Hamas. O anúncio ocorre em um contexto de protestos massivos em Tel Aviv e pressão diplomática dos Estados Unidos.
Desde o primeiro acordo de troca de reféns, há mais de um ano, Israel e Hamas intensificaram conversas mediadas sobre prisioneiros. Fontes relataram avanços significativos nas últimas semanas. Segundo o jornal israelense Haaretz, as Forças de Defesa de Israel (FDI) planejam uma retirada rápida pelo Corredor de Netzarim, que divide Gaza.
Protestos em Tel Aviv pedem ação rápida
Milhares de manifestantes se reuniram em Tel Aviv no sábado à noite para pressionar o governo israelense. Ativistas exigiram a libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas e o retorno das tropas. A manifestação também incluiu demandas por eleições antecipadas no país.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enviou uma equipe de negociadores ao Catar para acelerar as negociações. Ele também se reuniu com autoridades de segurança e representantes dos governos americano atual e eleito para discutir a situação.
Contexto da escalada de violência
Em 7 de outubro de 2023, Israel sofreu ataques massivos do Hamas, que lançaram foguetes e invadiram áreas fronteiriças. O episódio resultou em mais de 1.200 mortes e dezenas de civis e militares capturados. Israel reagiu com a “Operação Espadas de Ferro”, intensificando ataques na Faixa de Gaza e impondo um bloqueio total ao enclave.
O Ministério da Saúde de Gaza relatou mais de 46 mil mortes desde o início dos bombardeios. Dados israelenses indicam que, entre os 250 reféns capturados, 98 permanecem em cativeiro, com alguns considerados mortos. Operações israelenses já resgataram 156 reféns, vivos e mortos.
Entenda o caso: negociações entre Israel e Hamas
- Israel aprovou plano para retirar tropas da Faixa de Gaza.
- Negociações de troca de prisioneiros entre Israel e Hamas avançaram nas últimas semanas.
- Protestos em Tel Aviv reuniram milhares pedindo libertação de reféns e novas eleições.
- Ataques de 7 de outubro de 2023 provocaram mais de 1.200 mortes em Israel.
- O Hamas capturou 250 pessoas; 98 ainda permanecem detidas.