Autoridades israelenses estão mantendo “conversas confidenciais” com a Indonésia com o objetivo de melhorar as relações diplomáticas entre os dois países, de acordo com uma reportagem do jornal israelense Yedioth Ahronoth. O relatório observa que a normalização entre o maior país de maioria muçulmana do mundo e o estado de ocupação poderia se concretizar após as próximas eleições para a presidência da Indonésia em fevereiro de 2024. Como o atual presidente Joko Widodo já foi eleito para dois mandatos, ele não poderá concorrer a um terceiro. Widodo, de acordo com a política de longa data de Jacarta, manteve uma postura hostil em relação a Israel durante todo o seu mandato. O apoio do país à Palestina é considerado obrigatório pela Constituição de 1945, cujo preâmbulo afirma que: “Considerando que a independência é o direito inalienável de todas as nações; portanto, o colonialismo deve ser abolido no mundo, pois não está em conformidade com a humanidade e a justiça.” Apesar disso, e das repetidas negações do governo indonésio de qualquer contato com Israel, a Ynet informa que Israel mantém “canais discretos de comunicação com partes interessadas em melhorar as relações entre os dois países. Eles também se envolvem em colaborações comerciais, turísticas e de segurança”. Citando uma autoridade israelense anônima, o relatório também afirma que a Indonésia teme uma reação inevitável do público, tornando mais provável que Jacarta siga o exemplo da Arábia Saudita em vez de agir unilateralmente. O funcionário acrescentou que persuadir a Indonésia a normalizar as relações seria um desafio, dada a composição de extrema direita do atual governo israelense. LEIA: O preço da solidariedade: Palestina, Indonésia e o dilema dos ‘direitos humanos’
Israel mantém conversas secretas com a Indonésia sobre normalização, diz mídia
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