Israel-Palestina

Israel ordena evacuação de 1,1 milhão de palestinos do norte de Gaza em 24h

A ordem foi dada por meio de um comunicado enviado aos moradores da região, que temem que seja um indicativo de que o exército israelense entre por terra em Gaza

Destroços deixados pelos bombardeios israelenses no campo de refugiados de al-Shati, na Faixa de Gaza, em 9 de outubro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]
Destroços deixados pelos bombardeios israelenses no campo de refugiados de al-Shati, na Faixa de Gaza, em 9 de outubro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

O exército israelense ordenou na quinta-feira (12) que os cerca de 1,1 milhão de palestinos que vivem na parte norte da Faixa de Gaza migrem para o sul da região nas próximas 24 horas.

Hello Bet
Hello Bet

A ordem foi dada por meio de um comunicado enviado aos moradores da região, que temem que seja um indicativo de que o exército israelense entre por terra em Gaza.

Israel afirmou que a “evacuação é para a própria segurança” dos habitantes da Faixa de Gaza e recomendou que os palestinos só voltem à região quando o governo israelense permitir.

A ONU pediu que qualquer ordem de ataque por Israel seja rescindida, “evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa”.

Segundo a ONU, o comunicado foi enviado pouco antes da meia-noite no horário local. Assim, as 24 horas serão completadas às 18 horas desta sexta-feira (13), no horário de Brasília. A Organização afirmou que já transferiu seu centro de operações centrais para o sul de Gaza.

O conflito entre Israel e Palestina teve início no último sábado (7), após terroristas do grupo Hamas iniciarem um ataque sem precedentes contra o território israelense. Israel se declarou em guerra e os bombardeios entre os dois lados continuam desde então, com mais de 2.800 mortos até o momento, sendo 1.537 palestinos e 1.300 israelenses.

Conclusão:

A ordem de evacuação da parte norte da Faixa de Gaza é um novo capítulo no conflito entre Israel e Palestina, que já dura décadas. A medida é vista com preocupação pela ONU, que teme que possa levar a uma invasão terrestre israelense, com consequências humanitárias devastadoras.