Washington – Jimmy Carter, 39º presidente dos Estados Unidos, morreu neste domingo (29), aos 100 anos. Reconhecido por enfrentar desafios como a crise energética e por conquistas como os Acordos de Camp David, Carter se destacou também por sua atuação humanitária após deixar a Casa Branca.
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Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho em prol dos direitos humanos e da resolução de conflitos.
Nascido em 1924, na Geórgia, Carter iniciou sua carreira política como senador estadual, combatendo a discriminação racial. Mais tarde, governou a Geórgia e deu fim à segregação no estado. Em 1976, venceu as eleições presidenciais, prometendo mudanças em meio ao escândalo Watergate.
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Uma gestão marcada por desafios
A presidência de Jimmy Carter ficou conhecida por crises econômicas e esforços de paz no cenário global. No âmbito interno, ele enfrentou inflação e uma crise energética sem precedentes. Contudo, no cenário internacional, liderou a mediação dos Acordos de Camp David, promovendo a paz entre Israel e Egito.
No entanto, o mandato foi abalado pela crise dos reféns no Irã, quando 52 americanos ficaram cativos por 444 dias. Uma tentativa fracassada de resgate prejudicou ainda mais sua popularidade, culminando em sua derrota para Ronald Reagan, em 1980.
Relação com o Brasil
Durante sua gestão, Carter criticou abertamente o regime militar brasileiro por violações de direitos humanos. Em 1978, a primeira-dama Rosalynn Carter visitou o Brasil e encontrou missionários americanos presos e espancados, gerando tensões com o governo de Ernesto Geisel.
Além disso, o governo Carter apresentou um relatório ao Congresso americano detalhando práticas como tortura, censura e prisões arbitrárias no Brasil. O documento aumentou a pressão internacional contra regimes autoritários na América Latina.
Atuação após a Casa Branca
Após deixar o governo, Carter fundou o Centro Carter, uma organização dedicada à promoção de direitos humanos e resolução de conflitos. Seu trabalho incluiu monitoramento de eleições, mediação diplomática e apoio a causas humanitárias.
Sua dedicação consolidou sua imagem como um defensor da paz e da justiça social. Mesmo fora do poder, Carter continuou ativo em questões globais, deixando um legado admirado por líderes e instituições ao redor do mundo.
Entenda o legado de Jimmy Carter
- Gestão presidencial: Crises econômicas, mediação de paz no Oriente Médio e desafios no Irã.
- Relações internacionais: Críticas a regimes autoritários e defesa dos direitos humanos.
- Atuação humanitária: Fundação do Centro Carter e missões diplomáticas globais.
- Reconhecimento: Prêmio Nobel da Paz em 2002.
