Milei denunciado

Juristas denunciam Milei por ameaças à Universidade das Mães da Praça de Maio

Ação é levada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por interferência na autonomia da instituição

Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard
Javier Milei - Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard

Rio de JaneiroA Comissão Interamericana de Direitos Humanos recebeu uma denúncia contra o presidente argentino Javier Milei, acusado de comprometer a autonomia da Universidad Nacional Madres de Plaza de Mayo (UNMA). A ação foi apresentada por juristas como Rafael Valim, Walfrido Warde, Pablo Gutierrez Colantuono, e Júlio Ortiz, advogado de Gustavo Petro.


Resumo da Notícia

  • Ação contra Milei: Um grupo de juristas denunciou Javier Milei à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
  • Universidade em risco: A UNMA, fundada por Hebe de Bonafini, está sofrendo com cortes de orçamento e intervenções do governo argentino.
  • Retirada de recursos: O governo de Milei cortou os fundos da universidade, prejudicando o pagamento de salários e a manutenção da instituição.
  • Medidas cautelares: Os juristas pedem medidas urgentes para garantir a autonomia da universidade.

Milei e a UNMA: conflito por direitos humanos

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A Universidad Nacional Madres de Plaza de Mayo (UNMA), fundada em 2000 por Hebe de Bonafini, é um marco na defesa dos direitos humanos na Argentina. A instituição, que promove ensino e preserva a memória da ditadura militar, tornou-se alvo do governo de Javier Milei.

Milei acusa a UNMA de ser um espaço de ideais “anticapitalistas” e “antiliberais”, justificando assim a suspensão de recursos e a nomeação de um interventor. Em setembro de 2024, um incidente ganhou destaque quando a polícia, sob ordens do governo, impediu o acesso de funcionários ao campus da universidade.

A ação dos juristas alega que o governo argentino está desrespeitando a autonomia universitária ao cortar o orçamento e interferir diretamente na gestão da universidade.

Orçamento suspenso e risco à continuidade

Desde o início de 2024, a UNMA enfrenta dificuldades com o corte dos repasses orçamentários. Segundo a denúncia, isso afeta o pagamento de salários de 252 professores e 91 funcionários, além de comprometer a manutenção da estrutura da universidade.

Mesmo assim, a UNMA tenta manter as atividades, atendendo cerca de 2.200 alunos. Os juristas pedem que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos intervenha para garantir o retorno dos fundos e o respeito à autonomia da instituição.

Intervenção internacional e apoio jurídico

O pedido de intervenção foi encaminhado à Comissão Interamericana, que deverá analisar as alegações de violação de direitos humanos e autonomia acadêmica. Rafael Valim e Walfrido Warde, advogados brasileiros, uniram-se a especialistas como Pablo Gutierrez Colantuono e Júlio Ortiz para argumentar sobre a gravidade das ações de Milei contra a UNMA.


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As Mães da Praça de Maio afirmam que o ataque à universidade não se trata apenas de uma questão política, mas de uma luta entre “civilização e barbárie”, reforçando a importância da instituição na luta por justiça e verdade na Argentina.


Perguntas Frequentes sobre a Ação Contra Milei e a UNMA

O que motivou a denúncia contra Milei?

A ação foi motivada pela interferência do governo de Javier Milei na autonomia da Universidad Nacional Madres de Plaza de Mayo (UNMA), com cortes de orçamento e a nomeação de um interventor.

Qual é o impacto dessas medidas na UNMA?

A retirada de fundos pelo governo compromete o pagamento de salários e a manutenção da infraestrutura, dificultando o funcionamento da universidade.

Quem apresentou a ação?

A ação foi apresentada por juristas como Rafael Valim, Walfrido Warde, Pablo Gutierrez Colantuono e Júlio Ortiz, representante legal de Gustavo Petro.

O que a ação pede à Comissão Interamericana?

Os juristas solicitam medidas cautelares urgentes para garantir que o governo argentino respeite a autonomia da universidade e restabeleça o financiamento.