Auge da Ignorância

Kennedy Jr. sugere deixar gripe aviária se espalhar e alarma cientistas

Secretário de Saúde dos EUA propõe estratégia polêmica para combater o vírus H5N1, gerando forte reação de especialistas.
22 de março de 2025
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Robert F. Kennedy Jr., Secretário de Estado da Saúde dos EUA.
Robert F. Kennedy Jr., Secretário de Estado da Saúde dos EUA. - Gage Skidmore / Wikimedia

Washington – O secretário de Estado da Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., sugeriu permitir que a gripe aviária se espalhe para identificar aves imunes ao vírus H5N1. A declaração ocorreu em entrevista à Fox News e causou grande preocupação entre cientistas e profissionais de saúde.

Kennedy Jr. afirmou que a doença “não é muito perigosa para os humanos” e que a propagação natural do vírus poderia preservar aves resistentes. Contudo, especialistas alertam para os riscos dessa abordagem e defendem o abate imediato dos animais infectados.

Gripe aviária e impactos na avicultura

O vírus H5N1 tem uma taxa de mortalidade próxima de 100% em galinhas e perus. Além disso, a infecção se espalha rapidamente por meio das fezes das aves, contaminando ambientes inteiros.

Nos EUA, mais de 160 milhões de aves foram abatidas para conter o avanço da doença. Isso afetou a indústria de avicultura e elevou o preço dos ovos no país. O abate é visto como a estratégia mais eficaz para evitar que o vírus se torne ainda mais letal.

Possíveis riscos para os humanos

Embora os casos de infecção em humanos sejam raros, uma pessoa morreu nos EUA após contrair o vírus. Cientistas temem que uma maior disseminação do H5N1 possa levar a mutações, aumentando a transmissibilidade entre pessoas.

A veterinária de Saúde Pública Gail Hansen criticou a proposta de Kennedy Jr., destacando que essa estratégia “colocaria as pessoas sob maior risco”. Segundo ela, permitir a propagação da doença não criará aves imunes, pois “se uma doença pode matá-las, matará todas elas”.


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Abate e prevenção são alternativas mais seguras

Nos EUA, os especialistas recomendam o abate preventivo de bandos infectados, além da adoção de medidas de biossegurança para evitar novos surtos. Na Europa e no Canadá, a estrutura de produção avícola reduz a densidade das aves, diminuindo a propagação do vírus.

A vacinação contra a gripe aviária é outra medida defendida pelos cientistas. O controle rígido de sanidade nas granjas também ajuda a minimizar os impactos da doença na avicultura e na saúde pública.

Entenda o caso: polêmica sobre a gripe aviária nos EUA

  • Declaração polêmica: Kennedy Jr. sugeriu deixar a gripe aviária se espalhar para identificar aves imunes.
  • Reação da comunidade científica: Especialistas criticaram a ideia e alertaram para os riscos de mutações do vírus.
  • Impactos na avicultura: A gripe aviária já causou o abate de milhões de aves nos EUA, afetando a indústria.
  • Risco para humanos: O vírus é raro em humanos, mas já causou uma morte nos EUA.
  • Alternativas seguras: Cientistas defendem o abate de aves infectadas, medidas de biossegurança e vacinação.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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