Paris – Após a queda do governo do primeiro-ministro Michel Barnier devido a uma moção de censura, Emmanuel Macron, presidente da França, falou ao país e rejeitou veementemente qualquer possibilidade de demissão.
Em seu discurso, Macron garantiu que continuará exercendo seu mandato até o fim, em 2027, e que não assumirá as responsabilidades de outros.
Durante sua fala, Macron agradeceu a Michel Barnier por sua dedicação à frente do governo e destacou a combatividade de Barnier, principalmente em um momento de desafios políticos.
Ele também fez críticas pesadas aos partidos de oposição que votaram pela moção de censura, acusando-os de buscar o caos político e de não estarem interessados em construir, mas em destruir. “Eles não querem construir, querem desmantelar”, declarou o presidente francês.
“Nunca assumirei a irresponsabilidade dos outros”
Em resposta aos pedidos insistentes de sua saída, Macron reforçou que não cederia às pressões e que se manteria no cargo com responsabilidade. “Nunca assumirei a irresponsabilidade dos outros”, afirmou, fazendo referência aos partidos que se uniram na moção de censura contra Barnier. De acordo com o presidente, a coalizão que derrubou o governo foi formada pela união de extremas-direita e extrema-esquerda, uma frente que, para ele, é anti-republicana.
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Novo Primeiro-Ministro será anunciado em breve
Embora não tenha revelado o nome do sucessor de Barnier, Macron informou que o novo primeiro-ministro será escolhido “nos próximos dias”. O presidente francês afirmou que, ao nomear o novo líder, levará em consideração o “interesse geral” do país. Além disso, o novo primeiro-ministro será encarregado de formar um governo que represente uma ampla gama de forças políticas, e Macron deixou claro que a coalizão que o apoiar não poderá ser alvo de novas moções de censura.
Entenda o caso
- Emmanuel Macron: Presidente da França, confirmou que não vai se demitir e seguirá seu mandato até 2027.
- Michel Barnier: Primeiro-ministro francês, teve seu governo derrubado por uma moção de censura.
- Moção de censura: Aprovada por uma coalizão de extrema-direita e extrema-esquerda, resultou na queda do governo de Barnier.
- Próximo primeiro-ministro: Macron anunciará o novo líder nos próximos dias, buscando formar um governo de interesse geral.