CARACAS – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu com contundência às declarações dos ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque, que pediram uma intervenção militar para destituir seu governo recém-empossado. Maduro afirmou estar pronto para “pegar em armas” e mencionou apoio de aliados internacionais, como Cuba, Nicarágua e grandes potências globais.
Uribe e Duque, durante um evento em Cúcuta, defenderam ações contra o governo venezuelano. Uribe solicitou uma intervenção internacional com suporte das Nações Unidas para remover Maduro e promover eleições livres. Duque reforçou o apelo por uma intervenção humanitária, citando violações de direitos humanos e pedindo o apoio da comunidade internacional, especialmente países do sistema interamericano.
Governo Maduro reafirma posição de defesa
Maduro, em discurso transmitido pelo canal espanhol Noticias Cuatro, destacou a disposição de resistir a qualquer tentativa de invasão e reiterou o apoio de aliados estratégicos. Ele afirmou que seu governo está alinhado com países como Rússia, China e Irã, que podem oferecer suporte em caso de escalada do conflito.
Por outro lado, o governo colombiano liderado por Gustavo Petro adota uma postura mais cautelosa. Petro anunciou que não compareceu à posse de Maduro, justificando sua ausência pela prisão de opositores e ativistas de direitos humanos no país.
Eleição de Maduro continua em disputa
As eleições presidenciais realizadas em 28 de julho do ano passado ainda geram controvérsias. Maduro foi declarado vencedor com 51% dos votos pelas autoridades judiciárias venezuelanas. No entanto, a oposição alega fraude e declara vitória com base em atas eleitorais de seções locais.
O processo eleitoral foi criticado por países como Colômbia e Brasil, que ainda não reconheceram formalmente o mandato de Maduro. A oposição organizou protestos em massa desde a eleição, resultando em milhares de prisões sob acusações de terrorismo, incitação ao ódio e danos ao patrimônio público.
Relações tensas entre Colômbia e Venezuela
As relações entre Bogotá e Caracas seguem tensas, apesar de mudanças no governo colombiano. Petro, de esquerda, mantém uma abordagem diplomática distante. Recentemente, Petro usou sua conta na plataforma X para criticar a situação política e de direitos humanos na Venezuela.
Entenda a situação entre Colômbia e Venezuela
- Declarações de Uribe e Duque: Ambos pediram uma intervenção internacional para destituir Maduro.
- Apoio de Maduro: Inclui alianças com países como Cuba, Rússia e Irã.
- Controvérsias eleitorais: A eleição de Maduro em 2024 enfrenta acusações de fraude pela oposição.
- Protestos e prisões: A oposição relata milhares de detenções desde o pleito.
- Postura do governo Petro: Distanciamento político e ausência na posse de Maduro.