Washington -Mary Anne MacLeod, mãe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imigrou para os EUA em 1930 com apenas US$ 50 no bolso. Atualmente, os atos de seu filho republicano, no entanto, fazem contraste com a história de sua mãe, que deixou a Escócia em direção aos EUA em busca de trabalho como empregada doméstica, só regularizando sua situação definitivamente após 12 anos.
Nascida na Escócia, ela desembarcou em Nova York buscando uma nova vida e se tornou uma figura importante na história da família Trump.
Documentos de imigração revelam que Mary Anne chegou ao país legalmente, com a intenção de residir permanentemente. Ao contrário do que muitos acreditam, ela não viajou como turista antes de se casar com o construtor Fred Trump. O registro da Fundação Estátua da Liberdade confirma que ela embarcou com um visto de imigrante. Seguindo os passos de três de suas irmãs que já haviam deixado a Escócia, Mary Anne entrou legalmente nos EUA com um visto de imigrante, emitido três meses antes de sua partida, no porto de Glasgow.
A Chegada aos EUA
Mary Anne MacLeod chegou a bordo do navio Transilvania, em 11 de maio de 1930. Historicamente, ela fez parte de um grande fluxo de imigrantes que buscavam oportunidades após a Primeira Guerra Mundial. Seu visto foi emitido em Glasgow três meses antes da viagem, indicando sua intenção clara de se estabelecer nos Estados Unidos.
Barry Moreno, historiador do Museu Nacional da Imigração de Ellis Island, destaca que Mary Anne planejava residir nos EUA desde o início. “Se desde o momento em que chegou, ela se via morando permanentemente nos Estados Unidos, isso se chama imigrar”, afirmou.
O processo de regularização
O caminho para a regularização foi longo e burocrático. Mary Anne precisou provar que não dependia de assistência pública e que tinha um emprego estável. Além disso, ela se casou com Fred Trump, empresário imobiliário, o que ajudou no processo de legalização.
A história de Mary Anne contrasta com as políticas migratórias defendidas por seu filho, Donald Trump, durante sua presidência. Ele foi conhecido por medidas como a construção do muro na fronteira com o México e restrições a vistos de imigrantes.
Contexto Familiar e Social
Natural da Ilha de Lewis, na Escócia, Mary Anne seguiu o exemplo de suas irmãs que já estavam nos EUA. Ao chegar, registraram seu nome e endereço em Nova York. O documento alfandegário a descreve como “doméstica”, uma profissão comum entre as mulheres da época.
Michael D’Antonio, autor do livro sobre Donald Trump, menciona que muitos habitantes da Ilha de Lewis emigraram devido à pobreza e à falta de oportunidades após a guerra. “Ela vinha de uma família muito pobre”, explicou D’Antonio.
Vida nos EUA
Mary Anne se tornou cidadã americana em 1942 e teve cinco filhos, incluindo Donald Trump. Ele descreve sua mãe como uma “dona de casa muito tradicional”. Em seu livro “A Arte da Negociação”, ele menciona seu fascínio pela realeza e glamour.
D’Antonio também ressalta que Mary Anne era espirituosa e ambiciosa. “Ela era tão competitiva quanto seu pai”, comentou. Após sua morte em 2000, o obituário no New York Times a descreveu como filantropa, destacando suas contribuições para diversas instituições.
Entenda o Caso: A Imigração de Mary Anne MacLeod
- Data da Chegada: 11 de maio de 1930
- Origem: Escócia
- Motivo da Imigração: Busca por melhores oportunidades
- Profissão Inicial: Doméstica
- Cidadania: Obtida em 1942
- Contribuições: Filantropia e apoio a instituições sociais
Com informações da BBC